domingo, 30 de março de 2014

Assassinato de reputações. Mataram meu país?

Assim que o livro foi lançado, tentei comprar. 
Esgotado. Esgotado. ESGOTADO em todas as livrarias da capital federal. Paciência...
Como tinham outros na fila, esperei o "furor" passar. 
Estou terminando de ler. 


Não é um livro fácil, cada página contém basicamente um CRIME de Estado.
Não é uma leitura leve (nem leviana), recomendo pensar duas vezes antes de enfrentar o que está por ali. Enjôo, vômito e tontura são danos colaterais esperados. Vontade de sair correndo gritando e chorando também. Sabe o que é descobrir que tudoooooooo aquilo que você já desconfiava é ainda PIOR do que imaginava?
Bate um desespero. 
A desesperança se instala. 
E a conclusão que chego é que realmente... a solução está longe, muito longe.
Não somos um país sério. Pior, não sei se na atual circunstância dá pra chamar esse amontoado de terra, pessoas e lepo-lepo de país. 
Somos o quê? 
Temo a resposta...
O que sei e que estamos bem distante de ser aquilo que está na nossa Constituição: a República Federativa do Brasil. Hoje, somos, no máximo, um quintal de experimentos do Foro de São Paulo. Como ratos de laboratório nossa capacidade de adaptação e aceitação é testada, dia a dia. O brasileiro, dito pacífico e gentil, vai sendo conduzido tal como gado por acontecimento que nega ver. Tal como na despedida da família imperial, assistimos tudo como "bestializados". Bestas inertes a caminho do matadouro.

Em qualquer lugar decente isso teria derrubado o governo. Só que como bem já se explicou... Escândalos não derrubam governos. Escândalos acionam mecanismos instituicionais que derrubam governos. Acrescento: e esses mecanismos só existem onde o império das leis vige e a democracia respira. Desconfio que a palavra democracia perdeu seu significado na terra tupiniquim.
Quem escreve viveu nas entranhas do poder que hora está aboletado no planalto central. Não é bagrinho, é da classe tu-tubarão. Ainda que não fizesse parte do núcleo central do politiburo petista, foi parte da importante da engrenagem. Não sei os motivos que o motivaram a escrever o livro-bomba (e outros que promete lançar, pois diz que o que não falta é material para tanto). De qualquer forma, registro o meu muito obrigada pela coragem, pouco importa as verdadeiras razões e motivações do autor.

Obrigada por rasgar o verbo.
Obrigada por mostrar o verdadeiro PT.
Obrigada por tentar, de alguma forma, abrir os olhos do Brasil.
Obrigada, Romeu Tuma Jr., pelo seu esforço. 

Espero que não seja em vão. Resta-me um fiapo de esperança...


Gelada diante de cada página que leio, resta-me uma dúvida. Dúvida que beira a certeza. Novamente não vai dar em nada, e se der... será tarde demais. Como se diz por aí, está "tudo dominado". 
Não sou covarde, mas meu instinto diz: corra, a situação vai piorar muito antes de algo melhorar. Quero pegar o primeiro avião para bem longe daqui, quero tirar minhas filhas dessa terra sem lei.
Ainda assim fico.
Fico porque fugir não é opção.
Fico pois sou teimosa acima de tudo.
Fico pois este é meu lugar e dele não abro mão, apesar do medo. Medo sim. Não pelo que pode vir a acontecer mas pelo que já está acontecendo. 

O que fizeram do meu país?

Um comentário:

  1. Será que esse nosso país tem jeito um dia? Eu confesso que não gosto muito desse tipo de literatura, mas vou um dia dar crédito...

    Kisu!

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