sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mulheres para admirar! (1)

Essa é minha listinha pessoal de mulheres sem igual, que admiro mesmo. A primeira que me veio a mente foi a genial Gertrude Stein. Por conta dela... resolvi formular esta lista, depois virão outras, inclusive com mulheres nacionais, prata da casa, todas ímpares.

 
Miss Stein era provocativa por natureza. Nasceu nos Estados Unidos em 3 fevereiro de 1874, de origem judaica, foi uma livre e lúcida pensadora e escritora que viveu intensamente num dos períodos mais ricos da arte mundial. Com sua companheira de vida Alice Toklas participou  da primeira grande guerra, na FAFF, fundo de proteção para americanos na europa. Era inteligente, astuta, crítica e dona de um estilo peculiar de escrever. Sua forte personalidade cativou e influenciou seus amigos, um grupinho seleto que incluía: Matisse, Picasso,  Georges Braque, Derain, Juan Gris, Apollinaire, Francis Picabia, Ezra Pound, Ernest Hemingway e James Joyce, isso apenas pra citar os mais famosos. Seu livro "Autobiografia de Alice B. Toklas" é fundamental para quem quiser compreender os vanguardistas das décadas de 10, 20 e 30. Alguns dizem que ela era a pessoa certa no lugar certo, possivelmente sim.
Tida como um gênio entre os seus, costumava dizer com ironia àqueles que a chamavam de impostora que: ""Ser gênio exige um tempo medonho, indo de um lugar a outro sem nada fazer", ou então: " um gênio é um gênio, mesmo quando nada faz".
Frases famosas dela:
"As pessoas que acreditam na inteligência, no progresso e no entendimento, são as que tiveram uma infância infeliz." (Aqui ela concorda que bons mesmo são os pessimistas, os sofredores, pois estes querem mudar o status quo, diferente dos otimistas... para quem tudo está ótimo do jeito que está.)

"Não sei como é que os meus leitores conseguem entender aquilo que eu escrevo. Depois de algum tempo, nem eu mesma sei o que queria dizer!" (Essa é ótima!)

"Quando estão sozinhos querem estar acompanhados, e quando estão acompanhados querem estar sozinhos. Isso faz parte de ser humano." (Verdade pura, somos eternos insatisfeitos.)

Todavia sua frase mais famosa, síntese de todo modernismo da época é a conhecida:  "Uma rosa é uma rosa é uma rosa."  
É o "Ser ou não ser" do século XX, o equivalente da pedra de Drumond ou da flor de Cabral de Melo Neto. Uma rosa é uma rosa é uma rosa não porque uma rosa seja de fato uma rosa (ela é uma rosa apenas para quem a vê assim: para um inseto, por exemplo, é comida), mas porque reiterar o nome dado a uma parte o mundo é tudo que se pode fazer depois de nomear uma parte do mundo, se se quiser dizer algo realmente pertinente sobre isso.
O resto é opinião, como diria Nietzsche.

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