terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cinema com C maiúsculo.

Phillips e Muse. Hanks e Abdi. Grandíssimos atores.
Capitão Phillips (com Tom Hanks) é cinema com C maiúsculo.
Fomos assistir e ainda comentei com maridex que um crítico havia dito que o filme não tinha enredo, que era chato de tão previsível. Aff. Claro que o filme é previsível, é baseado numa história real e todos sabemos que terá final feliz. Alguém me explica o que passa na cabeça desses críticos? Aff. Aff.
Bem, o filme é mais do que bom, é uma boa história bem contada e sem apelação nem truques (no tricks é um dos motes do filme, rs). Vida real sem uma gota de presepada. Estilo realidade nua e crua. A mensagem americana está claramente incrustada ali, reforçada novamente via Hollywood, não deixamos ninguém para trás, mexeu com um dos nossos... mexeu com todos. Ou, numa linguagem ainda mais precisa: quem manda nessa p*rra sou eu! 
Um filme sobre a realidade triste e inesperada (pirataria somali existe, é cruel e real, pesquisem), tendo como base pessoas ordinariamente comuns, que estão apenas vivendo sua vidinha normal de todo dia até que, bem... entra um fator externo pra complicar a equação. E tudo se desencadeia sem grandes rompantes apesar da tensão crescente. Não há truques de cena, não há reviravoltas, não há enganação, nem 3D ou efeitos especiais. É um filme básico, honesto, simples, direto e reto... e chocante por isso mesmo. Há uma sensação concreta que permeia todo filme.... do "isso não está acontecendo comigo, mas está... como pode ser?", dá pra sentir nos olhos de todos os personagens essa pergunta. É aquele velho dito, nunca diga "isso nunca vai acontecer comigo" porque... acontece! Coisas ruins acontecem.
Não há como não ficar comparando o capitão Phillips, americano branco, de olho azul e bochechudo (Tom H) e o capitão Muse, pirata somali pele, osso, coragem e dor (Barkhad Abdi). Não, não sou da turma que sente pena de bandido. Não esperem o discurso fácil... tadinho dos pobres somalis desesperados, não tinham opção. Bla bla blá. Blargh. Tinham sim e ponto. 
Vamos ao que interessa... ou ao que me interessa de fato: a cena final do filme. Se forem chegados em aposta, podem investir seu rico dinheirinho na cabeça do Tom para o próximo Oscar. Não tem páreo para mais ninguém. Sim, ele é sempre (e justamente) nominável. Só que nesse filme, Tom exagerou. Confesso que na última cena consegui esquecer completamente que aquele ali era um ator trabalhando (bem demais), abstraí totalmente do fato de que tudo era apenas uma encenação... por alguns instantes não vi Tom... senti a dor, desespero, pânico, choque e alívio... do Capitão Phillips. Impressionei. Suponho que isso seja o ideal do cinema... fazer você mergulhar tanto na história e no personagem, que mesmo sabendo que ali está um baita ator fazendo seu papel.... você esquece desse pequeno detalhe e consegue ver e sentir o personagem real. Ainda estou impressionada. Muito impressionada com a cena final. 
Será que dá pra Academia entregar o Oscar pra ele antecipadamente? Merecia.
Everything's gonna be ok. 


...


Tenho só uma regra com relação a filmes. Se tem Tom Hanks assisto obrigatoriamente. É atestado de qualidade. Se tem outro ator qualquer... assisto na boa, sou curiosa. MAS não entro numa sala de cinema SE estiver em cartaz aquele _________ (faltam-me qualificantes adequadas) do Kevin Costner. Argh, ânsias de vômito. Simples assim. O trauma causado por Dança com bobos na minha vida... ainda está presente. E não me venham chorar breguice lembrando de O guarda costas, outro eca ruim de doer.  That`s the rule: Kevin Pastel Costner never more! KC se aposenta, por favor!

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