quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Julia Cameron





Julia Margaret Cameron, aristocrata inglesa nascida em Calcutá em 1815, é um ícone na história da fotografia por vários motivos. Começou a fotografar aos 48 anos, sem maiores pretenções usando familiares como modelos, especialmente mulheres e crianças, em cenas que retratavam seu universo caseiro e altamente arquetípico. A cada foto é possível conhecer um pouco mais sobre essa brilhante mulher, sua vida, suas convicções, seu modo de ver o mundo é revelado sem qualquer medo: era mulher, mãe, esposa, cristã, preocupada com questões sociais e morais. Julia Cameron era verdadeira consigo mesma, com sua história pessoal e por não ter nenhuma necessidade juvenil de agradar os outros acabou imprimindo sua marca própria na fotografia. De certo modo, a idade tardia em que iniciou a carreira lhe deu a paciência necessária para com seu trabalho.
A estética de Cameron veio de um erro, como ela mesma afirmou. Sua primeira câmera só permitia um ponto de foco, desfocando os demais; como o retratado tinha de ficar posando quase sete minutos, qualquer movimento criava mais e mais desfoque. Logo percebeu o valor artístico deste erro e aproveitou o máximo possível desse artifício. Quando trocou de câmera para uma 15 x 12, ainda assim permaneceu com sua estética já consagrada.
Pode-se medir a importancia dessa fotógrafa excepcional pelo fato de ter uma foto sua descontruída pelo artista plástico brasileiro Vik Muniz em sua obra Lixo Extraordinário, fazendo companhia a artistas do quilate de Leonardo da Vinci e Monet.

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