quarta-feira, 30 de abril de 2014

Clássico post que vai dar M&rD@!

Aos que não me conhecem...  tô nem aí. 
Aos demais, que me conhecem (e eventualmente amam e são obrigados a aturar), preparem-se que lá vou euz comprar briga que, sei.... perderei. Dane-se. Podem vir as pedras. Estou no mês do saco cheio então que exploda tudo de uma vez.



Causas. Todo mundo tem pelo menos uma em que acredita. 
Tenho algumas. Liberdade é a a primeira de todas: liberdade de expressão, de pensamento e de ser/fazer o que quiser da sua própria vida. Democracia é mera consequência de uma sociedade de cidadãos livres. Por isso defendo a liberdade antes e acima de qualquer outra causa, pois tudo decorre dela. Causas que também abraço: contra o racismo (all tipos), contra a violência de crianças e mulheres, contra a pedofilia e crimes sexuais e, ao meu modo... me considero feminista apesar de ter zero saco com o movimento. 
Sobre movimentos... acho mais do que bom e necessário que a sociedade se organize em movimentos-partidos-sindicatos-clubinho e afins para defender tudo aquilo em que acredita. Movimento feminista? Ok. Movimento Negro? ok. Movimento pela diminuição da carga tributária? Ok. Movimento Fora PT? Ok. Movimento pela conservação da borboleta azul? Ok. Movimento pelo fim da caça à baleia no mar do Japão? Ok, se é importante pra você vá lá e lute.
Agora, pessoalmente, tenho ZERO saco com eles. Respeito, mas tenho zeroooooooooooo vírgula zero saco com a patota. Já tentei participar, achei SACAL. Não teve amor à causa que me fizesse aturar aqueles papos sem fim, muito blablablá, muita gente melindrada, muito pavão querendo ser o rei da rua pro meu gosto. Caí fora. Defeito meu. Não fui feita pra obedecer cartilha programática, detestei o vocabulário "politicamente correto" desde o primeiro dia do seu nascimento. E, claro... pesadelo dos pesadelos, não concordava com o a premissa básica que só sendo de esquerda pra ser "do bem". Porra?!? Onde está escrito que os socialistas (all tribos incluídas) detém o direito de ser militantes das chamadas "causas progressistas"? O fato de não fazer genuflexão pra Marx e cia me tornou imediatamente "inapta" para todos os movimentos. Santa intolerância daqueles que pregam a tolerância e respeito entre todos!!! Enfim, águas passadas não movem moinho.
Continuo a apoiar e acreditar nas causas, ao meu modo. My mind, my way. Faço o famoso ativismo de sofá, rs. E vou pra rua também, aliás vou pra rua desde os caras pintadas. Sou da geração cara pintada, quem lê o blog deve estar careca de saber. Só não vou com grupinhos, não canto em coro, não brado gritos de guerra e não obedeço liderança alguma. Tenho horror ao espírito de manada. Repito: defeito meu. Quem gosta e se dá bem com o ambiente que vá e vire militante profissional. Vou defender toda causa que me emocionar/interessar porque acredito e pronto, não devo satisfação a ninguém. Tampouco devo obediência a ninguém.

Daí que... esse mês entrei de cabeça em duas furadas certas. 

Montagem com pinturas clássicas para o #nãomereço #ninguémmerece 

A primeira foi o #ninguémmereceserestuprada. Claro que vou, sempre irei, apoiar essa bandeira. Considero o tema maior do quem o defende por isso não me importa quem ou qual movimento deu o primeiro grito. Estou dentro, sempre. Achei a história de tirar foto "pelada" pra chocar a "sociedade burguesa machista" meio demodê com cheiro de anos 70 mas... tô dentro. Tirei foto peladona? Não, caríssimos. Não. Tenho cara de quem brinca de seguir o líder? Never nunca jamaix. Corrigindo: NEVER NUNCA JAMAIS. Outra coisa que acho um porre é essa mania do movimento feminista brigar com o vocabulário, agora qualquer palavra terminada em O é prova cabal de machismo. Aff, poupem-me! E a dale modinha de terminar palavras com X pra não afetar qualquer uma das 4, 5, 6423 novas identidades sexuais que eclodiram no planetinha terra. Camões se revira na tumba? Machado de Assis chora? Não. Eles riem da bobeira. Perdoem-me, mas acho ridículo. Daí pra apoiar a causa fiz fotos com pinturas clássicas de figuras de nus e outras vestidas, afinal... não é a roupa que a pessoa usa que causa o estupro. Mulheres, homens, crianças... modéstia à parte, ficou até simpático pra quem bolou e fez aquilo em 15 minutos num dia atribulado. Sem falar que, descobri depois, quebrei o galho de umas que não podiam (sem tempo) ou não queriam tirar a foto barbarizante. Digam-me... quem hoje em dia ainda se choca com a nudez alheia?!? Precisa? Não, não precisa. 
Aí, pra minha eterna vergonha... em seguida aparece algo que explode com tudo: o IPEA errou (ou falsificou?) os dados. Merda de vida. Bem que tinha achado estranha aquela pesquisa de cunho social feita por um instituto especializado em economia mas... Sabecumé? Isso que dá deixar-se levar pela emoção e não pela razão. A gente manda o bom senso pro alto e se phode em praça pública. 

Compartilhei essa e escrevi no facis: "Só expondo ao ridículo os racistas pra acabar com essa "doença" moral. Parabéns aos jogadores, souberam dar uma lição de educação e bom humor!#somostodosmacacos"

A segunda mancada federal foi o #somostodosmacacos. Essa me brindou com uma briga homérica com uma colega dos tempos da facul (ativista profiça do movimento negro). Sim, querida N, é contigo mesmo. Resumo da ópera. Ela disse que euz não tinha o direito de fazer/falar/escrever AQUILO. Que tinha que ter "consciência" de aquilo era ofensivo ao movimento, que......................................................... Porra nenhuma! Pra resumir: ninguém nesse mundo vai me dizer o que tenho ou não o direito de sentir/pensar/falar, muito menos um movimento. Não tenho cartão, crachá nem filiação em nenhum justamente por detestar esse papel de replicante de vocabulário pré-estabelecido. Ela achou a postura dos jogadores errada,  contraprodutiva, e em desacordo com o pregado pelo movimento... ok. Eu achei que deram um show de elegância, educação e bom humor. Gostei, aplaudi e entrei na onda. Mesmo porque acreditava que só os evolucionistas radicais podem ser contra a tag #somostodosmacacos. E daí, a coisa descambou pro pessoal, ela me dizendo que não eu não sabia de nada porque era branca, e pior... tinha olhos azuis. Eita, crime de nascença! Branquela desbotada e com desabonadores olhos azuis. Provavelmente junto com minha certidão de nascimento veio o registro automático, off course, na KKK. Daí que chamei ela de arrogante e maria-vai-com as outras... Well, não foi bonito, não foi elegante e ainda estamos de mau. Belém belém nunca mais fico de bem (sei lá... isso provavelmente não vai durar muito, sou do tipo que pede arrego... não sei ficar de bico muito tempo e ela sabe desse meu ponto fraco). Aff, infantilidade, vc vê isso por aqui também. 
Me & N tendo um debate adulto e produtivo about o reino animal.

E pra culminar o mês (está no fim, ufa) fui ler o blog da minha amada Lu ontem e quase morro do coração. Lá vai minha entrópica querida contar toda sentida como aquilo tudo de macaco e bananada tinha feito mal pra ela. Saco, saco, saco. Só dou bola fora? Sim, pelo visto: SIM! E dale bate papo no face pra perguntar pra minha fofa se tinha ofendido ela, pq né... basta um arranca rabo com zamiga por vez. Graças ao bom God, tudo bem, nem teve lavagem de roupa suja. Tudo paz, amor & amizade. Eu querendo bater na figura que chamou ela de macaca e ela achando graça do meu apelido de infância. Tem gente que me engrandece a alma pelo simples fato de existir, Lu é dessas. 
Não estou aqui pra dizer pra ninguém (nem pra movimento nenhum) o que se deve dizer ou fazer. E também não estou aqui pra ser censurada por eles. Fato. Cada um do seu lado, defendendo o que quer do jeito que acha melhor. Isso não é uma competição pra saber quem é o senhor da razão.
Enfim...
Vou pedir permissão pra amigo negro antes de ir atrás de uma sacada que achei legal? Sorry, vou não. Estou sendo sincera. 
Vou pedir licença pra amigo judeu antes de compartilhar um #nuncamais no dia do holocausto? Sorry, em tempo algum. 
Vou pedir autorização pra amigo GLS antes de defender a causa? Sorry, jamé nesta vida.
Sabe o motivo?
Por que não preciso de salvo conduto pra ser HUMANA!




Ass:  A bonitona da bala chita!
 (sim, era esse meu apelido)





UPDATE: Antes que me esqueça: O Luciano H não é macaco, é um asno mesmo. Que me perdoem os asnos! O bom é que agora todo reino animal, vegetal e mineral sabe disso.






6 comentários:

  1. Oi Ge. Eh como eu te disse.... Opiniao todo mundo pode ter, todo mundo pode defender, todo mundo pode opinar. Impedir o coleguinha nao pode, xingar o coleguinha nao pode, desmerecer o coleguinha muito menos... A gente discorda, mas aprende.. nao eh?

    E macaco nao somos... ;)

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  2. OLha,eu sou uma leitora assídua tua,e o que mais gosto de encontrar aqui é sinceridade,é coragem de dizer o que pensas,é verdade no que és,doa a quem doer, e eu já te falei isso..ninguém precisa concordar em tudo,gostar de tudo, que tédio seria a vida se todo mundo pensasse igual,se vestisse igual,etc.etc..Li que tu ama a Lu, aí em cima, e eu vou completar aqui que amo vcs duas por serem exatamente assim como vcs são.
    E ponto final,sobre isso não tem discussão!!!!!!
    :)))

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  3. Lembro que o Vargas Llosa falou em uma entrevista que uma das coisas que lhe chamou atenção em Euclides da Cunha foi que o escritor brasileiro, depois de passar toda campanha de Canudos dizendo que tudo não passava de uma conspiração inglesa para restaurar a monarquia, descobriu, entre os escombros da cidade arrasada, que estava completamente enganado. Seu pedido de desculpas foi Os Sertões.

    Em época de ideologia, Vargas Llosa achou impressionante que houve um intelectual com honestidade suficiente para reconhecer o próprio erro e assumi-lo publicamente, mais ou menos o que o próprio peruano fez ao rever sua posição pró-socialismo, especialmente sua admiração por Fidel Castro.

    Todos nós cometemos erros de julgamento e muitas vezes vamos com sede demais ao pote, especialmente quando nos deparamos com algum dado ou reportagem que confirma algo que acreditamos. Nessa hora é preciso ter cautela redobrada, mas não somos máquinas e erramos mesmo. Não somos cientistas sociais e temos que reconhecer nossos próprios limites, e não temos a responsabilidade que um colunista de jornal deveria ter. O mais importante é sermos honestos ao nos deparar com nossos equívocos e não ter vergonha de reconhecê-los. Você está de parabéns porque muito poucas pessoas fazem isso hoje em dia.

    Na dúvida, siga seus instintos. É melhor reconhecer que falou demais antes da hora do que se amargurar que não falou quanto devia. É mais fácil pedir desculpas do que fazer o tempo voltar para uma oportunidade perdida.

    Grande abraço.

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    1. Obrigada, JR... mas não sei se sou tão "humilde" assim pra merecer a comparação com o mestre VL sem balançar o ego. Sem falar que... vc é suspeito, amigo!

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  4. Eu não tenho saco pra movimentação, passeatas e essas coisas. Não que eu não queira e deseje mudar o mundo. Tb acredito na força de todos, mas eu não tenho saco, não mesmo #mejulgue. Quanto à banana, vejo que somos todos uns bananas mesmo, em vez de macacos, com esse governo corrupto e sujo do nosso país, somos bananas de votar nas mesmas pessoas sempre.

    Kisu!

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