sábado, 1 de fevereiro de 2014

Salve Félix.

Novela é novela, vida real é outra história. 
Correto?
Sei não. Nesse país do futebol e da novela, poucas coisas (euz, sendo otimista) são levadas tão à sério quanto novela e futebol. 
Apesar de não ter visto quase nada da novela, tirando uns poucos capítulos aqui e ali e outros tantos em janeiro, nas férias, acompanhei todo o furdunço em torno da dita. Especialmente em torno do vilão Félix, a bicha má. Aliás, o nome da novela deveria ser Salve Félix, porque o título escolhido não tinha nada a ver com nada. Bem, a novela em si me pareceu totalmente sem noção, então combinou ao descombinar. 
Novamente o folhetim foi salvo por um vilão. 
Coisas do bra-zeeel. 
Novamente os mocinhos eram chatos de dar dó. Realmente, só gente sem sal e vida pode ser do bem, né? A mensagem é essa, produção? Confere? 
Coisas do bra-zeeeel.
Novamente mil e uma causas politicamente e socialmente corretas foram mixadas na drama. Pelo que fiquei sabendo, todas naufragaram... Sinceramente, antes assim, acho um saco isso de novela com causa. 
Coisas do bra-zeeeeel.
A bem da verdade, a novela me pareceu um circo de horrores em que se disputava, mano a mano, quem era o personagem mais imoral e quem era capaz de ser mais sórdido. Tudo permeado das tiradas bem humoradas do mega vilão Félix. Porque insisto nisso, de chamar o querido (meu também) Félix de vilão. Simplesmente por amor à verdade. 
A simpatia do ator conquistou o público (e salvou a droga do folhetim), que mais cego que o véionojentoebabaca pai de todos César, exigia sua redenção. Final infeliz por Félix? Jamais em tempo algum. Vamos transformar ele em anjo, então. Da noite pro dia, feito mágica. Todos os crimes apagados, borracha neles. 
Coisas do bra-zeeeeeeeeeel.
Como tranformar água em vinho? Através do amor do puro & inocente do carneirinho de cachinhos dourados, Niko. Só o amor salva! Para coroar vamos também fazer o amor do filho vencer a barreira do coração de pedra do papi homofóbico, vilão de primeira, corno e soberano e fazer um final de arrancar lágrimas. Lindo, não?
Coisas do bra-zeeeeeeeeeeeeeeeel.

Também achei lyndio... tanto amor, tanto perdão, almas sendo salvas do purgatório. Oh, ah!
Só que aquela parte cruelacruel que existe dentro de mim achou meio forçado o neo-santo Félix e seu papi com estampa de mafioso aposentado e voz de pretovéio recebendo santo... fazendo declaração de amor mútuo, na beira do mar, no por do sol, só faltou o fundo musical do jobim: a tardinha cai, o barquinho vai...
Podia ter sido menos clichê? Não.
Coisas do bra-zeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel.

Assim como ficaram forçados os casamentos e quase-casamentos do último dia. O que foi aquele revival de Noivas de Copacabana com aquela  loka correndo pelas ruas de Sampa, meu? E aquela quantidade de bebês nascendo? E o caso da autista artista?!?  E a louca (e assassina, surprise!) Pilar pe-din-do pra criar mais um filho do seu ex?!? 
Alguém me explica...  alguém desenha pra mim. Please. 

Talvez  essaseja a causa do problema da Amarilys, kkkkkkkk.

Posso ser sincera, talvez seja a idade, talvez seja a dieta, talvez seja a pedreira que tenho no lugar do heart (faz de conta) ou só o meu sangue ruim... mas nada disso me emocionou.
Exceto A cena do Félix e do Niko. Linda, elegante e cheia de carinho. Just LOVE. Olhinhos brilhando e tudo o mais. Foi fofa, perfeita e os dois atores arrasaram. 
Agora a questão sobre o tal beijo. Era pra causar? Cêjura?!? A reacionária e combalida Glo-beleza da noite pro dia virou a best friend da causa gay? Legal né. Ai, ai... poupem-me. 
Sinto informar que estamos no ano do upa cavalinho de 2014 e ver homem beijando homem, mulher beijando mulher  ou mulher beijando homem (existe também) não "causa" mais nada. É normal faz tempoooooooooo. 
Uma parte pode não gostar, outra pode bater palminhas, mas nada há de mudar o fato de que amor é amor, pouco importa o sexo de quem você ama. E apesar de todos os faniquitos e ataques de ambos os lados - a aceitação da diversidade de escolha passa inclusive pela aceitação de que existem pessoas que não aceitam e nem nunca vão gostar de gays. Isso também é liberdade de escolha. Sou amiga de gays, tenho amigos que não suportam gays e nenhum dos dois grupos são formados por pessoas do mal. Havendo educação e respeito entre todos, a vida segue seu curso, cada um no seu quadrado. Sem dramas nem traumas. 
Freedom.
No mais... opção sexual não mede carácter, não é padrão de honestidade, não afere inteligência, competência ou bom gosto. É apenas, uma questão de... opção sexual. Nada além. 

O beijo foi a única coisa que NÃO me incomodou nessa novela, sem pé nem cabeça, que passou boa parte do tempo cometendo erros jurídicos absurdos, fazendo  propaganda de que tudo é permitido abaixo da linha do equador e sambando na lama.

Como diria uma amiga, sou dessas que só vê o princípio e o fim da novela. Então, talvez o problema de não entender essa barafunda toda... é só meu. Entrarei em acordo com meu umbigo. Talvez ele me ilumine e me faça compreender o que se passa na cabeça do W. Carrasco. 


Saudades eternas do Félix mau, do vilão irônico. Juro que quase morri quando ele não fez nenhum comentário sobre a roupa horrorosa e a tiara ridícula da doce irmãzinha no dia do casório dela com o chatonildo do Bruno...
Félix redimido e politicamente correto não tem graça, fato. Ainda bem que a novela acabou.



2 comentários:

  1. Ahh,tk God:mais alguém detestou o look noiva debutante/hippie/primeira comunhão daquela chata da Paolla/Paloma e do seu chato e insosso marido Malvino/Bruno..será q só eu no mundo acho esse cara feio e sem talento?

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    Respostas
    1. Onde assino embaixo? Tbm não vejo nada ali... ainda mais depois desse show a la cigano igor que ele deu na novela, aff. Lembra do cigano igor?!? kkkkkkkk

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