quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Pelo direito de ser rivoltrada.

Olha, lá vai ela de novo... invejosos dirão que é só pra causar. 
Não é só pra causar.
É só pra desabafar também.
Desopilar, destravar... e chatear uns e outros, se possível.
Como se não bastasse o babaca-rei do camarote arrotando $$$$$$$$$$$$$ enquanto bebe a bebida que pixxxxxxxka na minha cara num momento em que meu saldo bancário tende de zero a negativo. Ao contrário do dele, que imagino, começa em 50 mil e se aproxima do infinito. Ok, ok... o dinheiro é dele, pode gastar como quiser... pode ser brega e bancar o bobo alegre o quanto quiser - isso não é crime. Ok, sejamos justos. MAS euzinha também tenho todo direito de ficar no recalque. É isso. Por algum motivo desconhecido falta de grana me identifico mais com o rei do boteco. Sem falar que depois de ter escutado a VPopuzuda cantando a música da bebida que pixxxxxxxxxxxxxxka... o champagne perdeu certo statis comigo. Juro de pé junto que não conhecia a música. Se lo juro! Pior que essa meleca está na minha cabeça desde ontem... inferno!

Como se não bastasse o infeliz do Jayme Monjardim ter kaghado fenomenalmente na direção do Tempo e o Vento. Gente, eu amooooooooooooooo Érico Veríssimo, adorooooooooooo o Tempo e o Vento, acompanhei pelo facebookete as gravações de cada cena do filme lá nos pampas. Torci, vibrei e esperei pelo lançamento do épico. Aí chego lá... e vejo aquela coisa. Brochante. Tediosa. Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz. Tão ruim que nem o sorrisão do Tiago Lacerda consegue salvar aquela C O I S A. Sério. Foi duro de aguentar. Machucou... Trinta dinheiros jogados fora naquela sala de cinema.

Como se não bastasse tudoooooooooooooo isso... me vem uma fofa - sqn - me enviar 15 conselhos de meia tigela pro modis eu ser feliz. Aff. Manual de auto ajudis a essa altura do campeonato não rola. MESMO. Isso não agrega statis,  não agrega saldo no meu banco, não agrega glamour nem colgatti na minha poker face. 
Assim não dá, assim não pode!
Rivoltrei geral. 
Rivoltrei e vou malhar porque quero e posso. 
Estou no meu direito de rivoltrada mor.

Analisando os 15 passos para felicidade (ou a fórmula pra seu sucesso pessoal, profissional, sexual, espiritual e além). 

1. Desista da necessidade de estar sempre certa. 
Meu bem, eu não tenho nem passo necessidade. Eu estou sempre certa. Não é questão de achar, isso já foi superado. Tenho certeza e firme convicção de que estou SEMPRE certa. Errados são os outros que teimam comigo. Se o mundo não quiser confusão basta concordar e aceitar esse fato notório, é tãooooooooooooooo simples. Minha verdade, meu umbigo, meu mundo. Sou perfeita, sábia e humilde...  convivam com isso.


2. Desista da sua necessidade de controle.
Controle? Que controle? O remoto da tevê? Nem dele eu tomo conta. O máximo que controlo é meu trato digestivo e olhe lá...  Tenho zero elevado a zero controle da minha vida. Isso deveria fazer de mim a pessoa mais feliz do mundo? Péinnnnnnn. Resposta errada. 
3. Pare de culpar os outros.
Ah, coisa mais sem graça. A culpa sendo minha, já disse, coloco onde ou em quem quiser. E se não for minha... aí que deve - por direito sacro - ser posta em outro alguém. De preferência indefeso, por que sabe-se que a corda arrebenta mesmo é do lado mais fraco. E já estou cheia de ver ela arrebentando pro meu lado. 

4.  Abandone conversinhas auto-destrutivas.
Interpretei isso como abandone a fofoca e o mimimi. Ah, fofoca é uma merda. Sei. Fofoca é uma merda quando somos o alvo dela, caso contrário é uma delícia.... Quem nunca fofocou atire a primeira pedra. No seu pc ou laptop, claro. Quanto ao mimimi. Não sei, nunca fiz uma auditoria, mas acho que boa parte desse blog é mimizento. Tipo assim, antes eu torrar o saco da blogosfera do que o saco da minha própria família ou zamigos. 
5. Deixe de lado crenças limitadoras.
Não acredite em tudo que sua mente diz, ela pode te enganar, iludir. Acredite em quem é mais sábio, quem conhece o caminho para a verdade e a luz. Tipo o marxismo? O castrismo? O chavismo do periquito alado? Todas essas religiões destrutivas que visam espalhar o feio, o pobre e o brega igualmente para todos. Só se for, né? Fala sério, mente com crença destrutiva por mente com crença destrutiva, prefiro a minha! 
6. Pare de reclamar.
Olha, eu tenho um mega lado Pollyanna moça, 110% boba e trouxa, mas isso não me impede de ser crítica, ácida (e até azeda), má e chata. Reclamo mesmo. Recalque? Que seja. Gente mais sem graça essa que quer ser mais beata que o próprio Papa. Aff. A vida é bela sim. Só que tem hora que ela é uma grande bosta ambulante e nesse caso, eu reclamo sem dó nem piedade. 


7. Esqueça o luxo de criticar.
MAS nem moooooooooooooooooooorta! Eu critico. Tu criticas. Ele-ela critica. Nós criticamos. Everybody macacada critica. Com ou sem razão. Faz parte. Somos humanos, somos pó, somos podres de tão críticos. Aguente. É a vida como ela é. Se não pode lidar, mude-se para Marte. 
8. Desista da sua necessidade de impressionar o outro.
Cara, espero que isso nunca aconteça. Sério. Provavelmente a gente ainda estaria grunindo nas cavernas se não tivesse rolado uma competiçãozinha entre dois machos pré-babacas querendo provar que um era mais phoderoso que o outro, seja pra impressionar uma fêmea (ou não). Statis... tudo é statis, o negócio é causar. Todos querem ser o rei de alguma porcaria. Antes cabeça de alfinete do que rabo de foguete (ou elefante, sempre confundo esse ditado). Está aí o babaca do camarote pra provar minha tese. Ainda que vã ou vil... causar impressão traz uma sensação de realização, reconhecimento e... por conseguinte... de felicidade. Seja isso tudo ilusão ou não. Ok, no dia que vc ganhar e negar um Oscar, Nobel ou Medalha de QQ coisa... venha me conversar comigo sobre como isso de impressionar  o outro não te trouxe sequer um sorrisinho nessa cara de pau. 

9. Abra mão da sua resistência a mudança.
Aff. Mudar é quase o resumo da minha existência. Eu mudo, transmuto, transformo, crio e recrio minha vida de cabo a rabo praticamente a cada dois anos desde que nasci. Já mudei de cidadeS, estadoS e até de país. De quando em quando mudo até de ideia. Sou mais do que maleável, sou uma mutante de corpo e alma. E, sinto informar, nem sempre a flexibilidade é a chave do paraíso. Experiência própria. Mudar dói. A gente cresce, aprende e ocasionalmente consegue até ser feliz em meio ao caos da mudança, é verdade. O que ninguém conta é que o processo é demorado, cansativo, que mói nossa alma e que nem sempre é construtivo. Tem mudanças que não valem a pena. 
10. Esqueça os rótulos.
Sim, rotular pessoas, situações e relações é algo tremendamente injusto. E feio e mal e bobo e politicamente incorreto. Só que todo mundo faz isso todo dia. Ainda que não fale, que seja só a nível de (odeio usar a expressão ... "a nível de"... ) pensamento. Nós rotulamos, nós julgamos, nós somos humanos. Meros pecadores. Todos. Então é melhor aceitar e enfrentar o lado negro da força do que ignorar e fingir que não somos assim. Em cima da minha cabeça não tem nenhuma auréola santificada. Na sua tem?
11. Abandone seus medos.
Esse é o credo de todo livro de auto-ajuda... livre-se dos seus medos. Supere seus medos. Seu maior inimigo é você mesmo. Blá blá blá. Tem medo mesmo? Medo patológico de algo? Isso te incomoda? Procure ajuda médica, busque um profissional especializado. Não sou eu nem minhas palavras que irão te fazer superar isso. Aliás nem as palavras de ninguém. Ajax pra ontem. Faça. Aconteça. E nesse meio tempo esqueça dos meus anti-conselhos. Agora, não venha me forçar a abandonar meus medinhos que são só meus (não conto pra ninguém, não conto, são só meus)... tão queridos, tão antigos, tão parte de mim. Larga os meus medos em pax! Espero não ter ajudado. Really. Aposto que tem muita coisa mais importante pra você discutir com seu terapeuta do que meus foras nesse blog insano.


12. Desista das suas desculpas. 
Cêjura? O que seria de mim (e do mundo) sem uma boa, polida e bem argumentada desculpa esfarrapada? Ah, quer me convencer que nunca inventou uma mentirinha inocente? Que nunca disse uma mentira sincera e cheia de boas intenções? Ah, sei... de que planeta mesmo você veio? Desembarcou faz pouco tempo, imagino. Todos mentimos. São os fatos da vida, lide com isso se puder.
13. Deixe o passado no passado.
Tipo da coisa que concordo em partes. Tudo bem que o passado (ruim ou não) deve ficar pra trás. Mesmo porque não existe outro lugar pra ele,  é a ordem geral do universo. Mas tem coisas que não se deve esquecer. Lições aprendidas, por exemplo. Ou quer recair no mesmo erro? Alguns dizem que o nome disso é burrice. Gosto do meu passado. Sei de onde vim, aprendi a apreciar cada joelho esfolado que levei na vida, minha história, ainda que meio torta, me fez ser quem sou hoje. E gosto do meu hoje porque aceito cada erro, cada tropicão e até cada um dos poucos acertos desse passado.
Uma vez ouvi (e nunca esqueci) alguém mais inteligente dizer que pessoas são como países...
Os desenvolvidos aprendem com os erros dos outros e não os repetem.
Os em desenvolvimento não aprendem com as lições dos outros, cometem os mesmo erros mas pelo menos... aprendem com eles.
E os subdesenvolvidos não aprendem nem com os erros dos outros nem com os próprios. Vivem de bater a cabeça na parede repetidamente. 

14. Desapegue do apego.
Sou a favor de desapegar de coisas, ando inclusive numa fase que chamo de "destralhamento". Não de pessoas. Não de amigos e muito menos de amores. Sinto falta de cada pessoa que passou pela minha vida. Tenho apego, apreço, ciúmes e saudades de todos que amo. Sinto falta até de pessoas que só conheço virtualmente, graças a esse blog. Dificilmente desapegarei a esse ponto. 
15. Pare de viver sua vida segundo a expectativa de outras pessoas.
Ainda tem gente que sofre desse mal? Vou te dizer... Já é duro - hardcore - viver minha vida de acordo com minhas próprias expectativas.... imagina se tivesse que botar na conta o que os outros querem de mim. Aff. Impossível. Sorte que sou egoísta demais pra dar ouvido pra essa entidade cármica chamada "os outros". Agora... isso tem sim um preço. Está preparado para pagar? 


Pronto, é o que temos para hoje, meu bem. Ups, que falta de educação... antes de terminar preciso agradecer criador dos 15 passos to paradise & happiness.


Agora a mestra das magas vai fazer pluft e cuidar da vida real. Baccio! Não espalhem... mas apesar de tudo, sou feliz. Bastante. Alguns dias mais, outros menos. Verdade verdadeira de vero. Acredite, se quiser.

7 comentários:

  1. Tem uma coisa: sou CONTRA quem vem me dizer "abandone seus medos", principalmente quando se trata do meu medo de galinha que cultivo desde os 3 anos. #SimTenhoAlectrofobia TODO namorado que eu arranjava (inclusive o Fá) tentou me fazer perder o medo de galinha. Sempre ouvi um "é só bater o pé que a galinha sai correndo". O resultado disso foi que, após VINTE ANOS já consigo não apenas conviver sem ter vergonha do medo, mas também de responder "não, xuxu, se a galinha bater o pé pra mim, EU é que saio correndo!" - o fato é que esse medo me faz saber que, apesar de divosa e de ter amigas todas trabalhadas na divosidade comigo, não sou perfeita... #NemConvencida #NemArrogante

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    1. Amei a parte das amigas trabalhadas na divosidade = me incluo nessa desde já.
      Ainda não entendo esse seu medo de galinha. Mas agrega charme e um pequeno toque de imperfeição que só faz triplicar sua divosidade natural.
      Bjks.

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  2. Olha, depois dessa lista de livrinho pobre de auto-ajuda, eu desisto é de ir pro paraíso, hahahaha. Porque se precisa seguir a lista, meu bem, tô foríssima! =P
    E desistir dos medos uma ova, meus medos são meus, eu não dou, troco ou empresto. Fora que, em algumas vezes, meus medos me salvaram de problemas maiores. Vê se pode, tsc, tsc.

    Beijo!

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    1. Sabe que é verdade msm... tem medo que faz a gente se livrar de poucas e boas. Mania desse povo de k-gar regras de felicidade.
      S
      A
      C
      O

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  3. Menina, este post veio a calhar. Mesmo! Sem querer hoje eu descobri uma "gurua" da auto ajuda no Youtube que mora aqui na Suíça. Gente, eu morro e não vejo tudo! Eu **odeio** livros de auto-ajuda.

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    1. Tbm tenho muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita preguiças pra essas guruas de auto ajuda. Acho que elas só auto ajudam suas contas bancárias. Ih, rolou uma inveja agora.

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  4. Isso ae tá me parecendo um manual de "como se tornar um Dalai Lama". Pelo amor! Isso na teoria é tudo muito lindo, mas quero ver na prática. Acho até que quem escreveu isso estava em transe auhauaha

    Kisu!

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