domingo, 27 de outubro de 2013

A mamãe pata foi passear...

"Quem tem que dar satisfação
 da vida são os filhos  pros pais 
e não o contrário!" 
by minha toda poderosa biza Mi.


Acho que o assunto surgiu depois de uma reunião escolar. Dei carona pra dois colegas da filhota e ela soltou fogo pelas ventas. Disse que estavam todos loucos pq a mãe de uma das garotas pretendia viajar junto e eu (tinha que ser eu, claro!), que tinha acabado de ser apresentada à dita naquela reunião fiquei dando força, passando dicas e dando 110% de apoio. E que pra piorar, além da mãe, iria o filho caçula de 11 anos e isso "acabaria" com a viagem deles, et cetera e talz. 
Toda galera teen indignada e revoltz comigo!
Vamos aos fatos... esclareci logo. Antes e acima de tudo sou mãe, com carteirinha e cargo no sindicato.  E nosso sindicato faz qualquer máfia parecer... brincadeira de criança, rs. Então se outra mãe quer e decide que vai viajar acompanhando a filha, ela deve ter seus motivos (não conheço nem mãe nem filha) & quanto mais adulto supervisionando o bandinho melhor. 
A revoltz e insatisfação se elevou a tal grau que se não fossem todos nerds haveria o risco de me ver atacada por neo black blocks dentro do meu próprio carro, kkkkkkkkkkkkkkk. 
Tentaram, então uma via secundária, mais diplomática. Puxando o saco (que não tenho) disseram que o problema não era ter mais um adulto, por exemploooooooooooo... se fosse eu a ir junto eles achariam o máximo. Ah, cêsjuram? Preciso rever minha postura mãedrasta rapidamente... eles estão achando que sou "amiguinha". Poooooooooode? Erro primário. Sorry, preciso manter minha fama de mau má.
Dei trela... mas porque eles queriam minha companhia?
_ Ah, mãe, você não ia ficar atrás da gente enchendo a paciência. Aliás, provavelmente eu que teria que te procurar, quando a senhora evaporasse. 
(kkk, realmente sou boa nisso de desaparecer no ar, kkkkkkkkkkkk... é sempre bom manter os dois olhos fixos em mim ou... pluft, eu sumo!)
Aí que entra a minha teoria da mãe-pata, criada, desenvolvida e aperfeiçoada ao longo dos últimos 16 anos. Baseada nos sábios ensinamentos da minha biza, que sabe tudo de tudo. Quem tem que dar explicação, seguir e correr atrás são os filhos aos pais e não o contrário
Sempre fui mãe-pata. Eu na frente e elas atrás e com o seguinte aviso (quem a visa amigo é): não me percam de vista, porque senão... vão ficar perdidas.  As duas sempre me seguiram bonitinhas, nunca se perderam. E o suposto medo de me perderem, se algum trauma gerou, vão superar em alguma futura terapia. Psicólogo existe pra isso, são profissionais e precisam trabalhar para viver. 
Alguma vez perdi elas? Nunca.
Alguma vez elas se perderam de mim? Jamais.
Alguma vez precisei olhar para trás para ter certeza de que elas estavam ali? Never.
Alguma vez tive que aturar piti de patinha que não estava a fim de ir no lugar X, Y ou Z que EU disse que iria?  Não.
Alguma vez aguentei faniquito de patinha que queria pq queria ir no lugar W, Q ou R que EU disse que não iria? Não.
Não tenho medo de cara feia, de bico ou de "desagradar". Não gostou? Senta e chora. Mas senta e chora longe de mim que tenho mais o que fazer. Patinha em crise tem trabalho duplo: ficar brava e deixar de ficar brava. Nada além. 
Ainda que nunca tivesse dito claramente... elas sempre souberam quem era a líder a ser seguida. Aprenderam isso bem cedo. 
Algum tempo depois a Xuxosa lançou uma musiquinha sobre mãe pata e patinhos que foram passear atrás da montanha,  bla blá & qua quá. Aproveitei pra avisar... que se alguma patinha minha ficasse perdida além das montanhas... continuaria perdida. Porque eu não ia voltar pra buscar. Não, não sou uma mãe desnaturada. Pelo contrário, sigo fielmente as leis da natureza. Mãe pata na frente seguida por seus filhotinhos atentos.
Sei, isso provavelmente não foi bonito, educativo ou adequado de acordo com as novas e modernas teses de criação politicamente corretas de filhos. Mas funcionou perfeitamente. Elas me seguem onde vou e ponto final. Agora, claro que tenho que lidar com algumas caras amarradas devido a pré aborrecência (baby two está in-su-por-tá-vel), mas ela nem cogita em desobedecer. De quando em quando, dou folga, e deixo elas ficarem em casa, na boa... quando sei que o passeio é sacal demais. Não sou ruim de todo. MAS se e quando trata-se de programa familiar, não há negociação. Elas vão, querendo ou não, atrás da mãe drástica pata. 
E, ainda assim, não sei como... consegui me tornar uma figura querida e desejada numa viagem de adolescentes. Tem coisas que não fazem sentido. Preciso descobrir onde errei.
Qua qua qua quá.

3 comentários:

  1. Ei Gê!!!!
    Adorei a visita e vem retribuir seu carinho!
    Concordo com você sabia??? Mas dizer onde errou para essa turminha querer sua presença, acho que você acertou, que bom que querem você mesmo que você não queira...adorei! Ser amiguinha podemos ser, eles só não podem confundir essa amizade, precisam saber quem manda.
    Meus dois ainda são pequenos, Joana tem 7 anos e Pedro tem 2 e 9 meses, mas sei que o bicho vai pegar do lado de cá!
    Mil beijos!!!
    Cris
    http://criscriacoisas.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Toda fase dos filhos tem duas cores e dolores. O pior, é me ver repetindo o que cansei de ouvir: bom mesmo era quando eles eram pequenos, rs. Não tenho do que reclamar (mesmo!). São boas meninas, mas sinto falta de quando eram menores (como os seus) era tão mais fácil. Aproveite. Bjks.

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  2. auhauahauahau deve ser engraçado ter uma mãe como vc.... adorei!

    Kisu!

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