quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Destralhando a vida.

Minha cara, minha casa. Barroca na alma.
Como já disse escrevi sou uma pessoa 110% barroca,  não tem um pingo de minimalismo em mim. 
Não que seja consumista, não sou... tenho algum auto controle e noção do dindim que tenho e posso (ou não posso) gastar. Estou longe de ser uma acumuladora, exceto com relação às minhas pashiminas, lenços e similares... delas não consigo nem quero me desfazer e ponto final. Claro que dou minhas escorregadelas e de vez em quando me vejo com algo na mão e pergunto: Mas por quê - pqp - comprei isso? Quem nunca?
Por outro lado sei que tenho (e reconheço) algumas manias,  como por exemplo comprar algo que gostei muito muito muito mesmo às duzias (exagero). Exemplo? A última vez foi uma blusinha básica da Zara, ficou tão boa que comprei duas: preta e rosa. Ou a última calça social... caiu tão bem que além da bege (quase caramelo) comprei uma... vermelha! Não chega a ser uma compulsão, mas... é bem normal você encontrar no meu armário algo duplicado, triplicado, multiplicado. Sapatilhas? Amooooooooooooo... lembro de liquidação no Rio em que encontrei a bailarina perfeita, linda, macia, confortável e baratex ... não pensei duas vezes: comprei a nude e a preta. Usei, usei... usei até acabar (foram jogadas no lixo em Paris, depois de darem seu último suspiro) e ainda não encontrei substitutas à altura. Uma coisa é certa, eu uso mesmo tudo que tenho, uso até acabar, sem dó nem piedade. Comprei ou ganhei... se gostei, uso no dia seguinte se possível. Caso contrário troco ou passo pra frente. Ter algo que não uso (ou que não vislumbro a possibilidade de vir a usar tão cedo) me incomoda. Ultimamente me incomoda mais ainda. 
Casa clean não é minha cara, não sou eu. Mas vou achar um meio termo.

Enfim... ninguém é perfeito. 
Só que decidi dar uma de louca e destralhar a casa (e os armários). Motivo? A última viagem que fizemos para Resende. Não tinha uma mala livre, tudo ocupado com roupa de frio (nenhuma usada desde que chegamos no cerrado). Daí tive que tirar tudo às pressas, soquei no meu guarda roupa, e está lá... numa zona de dar medo. Preciso daquilo tudoooooooooooo? Não. Vou resolver isso e vai ser agora!!! Tenho lido uns blogs bem legais sobre minimalismo, destralhamento e passar uma temporada sem compras. Estou pensando no tema com alguma seriedade. Uma dica legal que li foi que a época ideal para fazer isso é durante a tpm (a minha já passou) porque é nessa vibe radical que devemos nos livrar das tralhas. Caso contrário caímos nas armadilhas de sempre: ah, pode ser que use ainda... ah, não está tão ruim... ah, me traz boas lembranças... ah, tá velhinho mas eu gosthooooooooo!  Como a tpm foi-se o jeito é criar um momento psicológico equivalente. Eu sou do tipo que detesta pressão e prazo MAS que trabalho bem sob pressão e prazo. Vai entender? E pra ajudar tenho uma imaginação sem limites... quando quero eu realmente entro na "onda" das minhas pirações. Quando nadava (sim, um dia em um passado ultra passado fui atleta) e precisava fazer tempo (bater tempo) imaginava que tinha um tubarão ( O tubarão do filme) atrás de mim na piscina. Faz sentido? Não! Mas sou tão boa nisso de viajar na maionese que realmente acreditava nisso (chegava a ouvir a musica do filme) e nadava pra salvar minha pele. Isso me rendeu alguns records juvenis, kkkkkkkkkkkkkkk. 
Entonces é isso, hoje (agora) vou começar o destralhamento sem dó nem piedade. Meta: retirar pelo menos 30 peças de roupas e sapatos dos armários (menos do maridex, no dele não mexo nem que me paguem) e uma caixa cheia dos demais cômodos da casa. Se não uso desde que cheguei aqui... não preciso mais. Assunto encerrado. Sim, há exceções... claro que vou guardar algum (5 no máximo) casaco de frio, nunca se sabe quando voltaremos ao sulzão. Bota? Só uma. Será uma maratona de 7 dias, toda tarde. Hoje, sexta, (folga no findi) e a semana que vem, de segunda a sexta. Antes sempre começava pelo meu quarto, dessa vez ele será o último, a "cereja" do bolo (ou do sorvete, como preferirem). Hoje é o dia que enfrentarei o quarto das meninas... aff, torçam por mim. Tenho evitado mexer nos armários delas desde que nos mudamos. Dá até medooooooooooo do que vou encontrar, elas andam bem bagunceiras ultimamente. Sem sentimentalismos, serei fria e objetiva. Serei cruel. O mais difícil, confesso, fiz alguns meses atrás quando doei meus 70% dos meus livros. Isso realmente doeu. Fiquei com o básico do básico do básico, ou seja... com o que não posso viver sem mes-mo!
Preciso de espaço! Quero espaço. Vou obter espaço. Vou me tornar a maníaca dos espaços.
Hora de destralhar os armários, a casa e a vida.
Depois conto como foi. Bjks.

2 comentários:

  1. Manda tudo aqui pra casa,teu lixo é meu luxo.Pago o frete de Brasilia!

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  2. Nossa, eu tenho problemas com desapegos... fortes e seríssimos auahuaha tenho coisa que trouxe pra cá desde os 15 anos auhauaua coisa que nem me serve mas eu acho essencial... Não é, veja bem, mas não consigo me livrar disso rs

    Kisu!

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