quarta-feira, 1 de maio de 2013

Como bater numa mulher - Horror e Islã!

Mulher mulçumana apedrejada. É real, acontece ainda hoje!
Durante seis meses (num passado distante) estudei na universidade católica de minas gerais. Sendo uma instituição católica... fui obrigada a estudar naquele semestre uma matéria de religião. Fazer o quê? Fui entre meio indignada e meio conformada com o fato de que minha indignação e nada era mesma coisa. Fui cheia de preconceitos. Vivia um período esotérico existencial em que Jung era meu "pastor" e achava que a psicologia e a lógica podiam muito bem substituir a religião e a fé.
E olha que fui criada como católica e tudo o mais! Foi a aula (de religião) mais legal de toda minha vida, acabei por me reconciliar com minha fé ali. O professor era um padre - garoto novo - recém vindo de um mestrado na área de filosofia, formado em teologia e direito. Passamos os três primeiros meses sem sequer tocar no tema igreja católica ou cristianismo... Foram três meses estudando religião lato senso e as outras grandes religiões do mundo. Nada de prova. No fim desse primeiro período tínhamos que apresentar um trabalho sobre uma religião. Temas foram sorteados, coube os mórmons para mim. As apresentações foram show e no final acabei por juntar uma dúzia de "bíblias" e textos religiosos dos mais diversos. Fui me apaixonando pelo tema. A seguir o professor começou a estudar a igreja católica apostólica romana. Não pense que foi fácil. Ele passou todo o tempo botando o dedo na ferida, atacando, mostrando falhas e defeitos... dissecando a religião e a "instituição" ao longo dos anos. Nada ficou para trás, absolutamente nada. Foi duro e foi ótimo. Tudo se inverteu, no fim éramos nós... os alunos defendendo o lado bom da malfadada "cultura judaico-cristã-ocidental". Bingo! O professor era um gênio e tinha nos conquistado tomando o caminho oposto. 
Foi uma aula que por si só valeu todo o semestre na Puc-MG (depois fui pra UnB - essa estava "pra variar" numa greve que durou mais de um semestre - por isso passei esse tempo em Minas).  Sobrou, dentre outras coisas, um respeito enorme por todas as religiões do mundo além de uma biblioteca interessante... que incluía o alcorão.
A mulher de burka não está protegida. Está OPRIMIDA. É uma violência.

Hoje, infelizmente, acabei por perder o respeito pela religião e cultura mulçumana. Sinto muito, mas para tudo há um limite. Meu limite foi esse vídeo. Depois dele não posso mais aceitar isso como algo digno da minha tolerância. Tenho amigos que são islâmicos. Claro que, sendo brasileiros, não são do tipo radical e não levam a pé da letra todas as barbáries contidas no seu texto sagrado. Aliás como todos os brasileiros de todas as religiões. Somos, por algum motivo, reativos à radicalismos religiosos - salvo poucas exceções. Ainda bem. Isso não significa que tenhamos que fazer vista grossa para a realidade no resto do mundo.
De toda forma... aceitar que está no vídeo, sob a desculpa de que devemos ser tolerantes e/ou compreensivos com o que nos é diverso... ou que faz parte da "cultura" deles... ou que não é bem assim... que o mundo deles é outro... ou que __________________.  Abobrinha a quatro! Voltarei ao tema "cultura" depois. Agora estou sem tempo. Recomendo a leitura do livro de Vargas Llosa, A civilização do espetáculo. É um pequeno mas vital ensaio sobre o caldo cultural em que vivemos. 
Chega de ser compreensiva. Revoltei. Tomei nojo. Asco total. Quem se omite diante de algo desse porte torna-se conivente. Quem arruma justificativas para esses hábitos "culturais" é um bandido tanto quanto o que "honra" sua mulher com uma surra abençoada por Allah.  A brincadeira acabou. Ponto final. 

Vejam e tentem não passar mal.

19 comentários:

  1. To sem computador e o vídeo não está abrindo no meu telefone, Ge :/
    Olha aqui eu convivo com muita gente de varias culturas, homens e mulheres e o islã é realmente muito duro, digamos assim, com a mulher. A mulher é tratada como propriedade e muito inferior ao homem mas uma coisa que eu noto também é que quanto mais dinheiro o casal muçulmano tem melhor a mulher é tratada, com mais dignidade. Acho que os que apedrejam mulheres e coisa e tal são os mais ignorantes (em todos os sentidos).

    Adorei seu professor, pessoas assim nos inspiram!

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    1. Ele (o padre-professor) realmente foi fora de série. Pena que nem lembro do seu nome. Veja o vídeo depois ... e me diga o que achou.

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  2. Antes fosse só o islã duro com as mulheres, ne?

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    1. Não é só o Islã. Mas ele é (me corrija se estiver enganada) o único que considera um direito divino do homem bater e uma honra para mulher apanhar.
      Estamos em 2013, por favor!

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  3. Conheci algumas mulheres mulçumanas por aqui, que pareceram "bem tratadas" pelos maridos, rs... uma delas, que foi uma colega de um dos cursos de alemão que fiz, fazia questão de em qualquer oportunidade, dizer que ela tinha um bom marido! Não sei se pra se "defender" ou porque ela se sentia estigmatizada pela história de violência contra as mulheres no Islã. Mas houve uma vez em que no início do curso a professora fez uma foto com os alunos e colocou a mesma no mural da classe. No dia seguinte, fora do horário da aula, o marido de uma mulher mulçumana, foi na escola, arrancou a foto da parede e mostrou que tinha uma faca!!!!!!!!!!! Como assim a mulher dele ser fotografada com outros homens????
    Pena que eu não tive um professor de religião tão sábio quanto o seu!
    Esse vídeo me deixou pasma!

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    1. Não consegui dormir direito ontem por conta do vídeo. O post está mal escrito por isso, saiu de supetão diante da loucura que vi. Vou esfriar a cabeça antes de voltar ao tema novamente.

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  4. Horror,essa é a palavra.Cada vez fico mais chocada com o mundo,com as pessoas,com as religiões,com os radicalismos.Isso é barbárie.

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  5. "O professor era um padre - garoto novo - recém vindo de um mestrado na área de filosofia, formado em teologia e direito." -> isso foi em que ano será? fico pensando qual a possibilidade desse professor se chamar Adriano Alves.. tive um professor de protuguês no colégio q já tinha sido padre, era formado em física, teologia e direito.. tinha doutorado, mas nao me lembro em q. Ele era maravilhoso. Inigualável. Penso q poderia ser ele, talvez, porque ele não era de goiânia e já havia dado aula em vários locais do brasil... bem, enfim. Meu namorado fez puc e também teve aulas de teologia. E também disse que se surpreendeu com a ementa do curso, com todas as discussões que trouxe e a maneira como elas foram conduzidas (ele é ateu).

    Agora, chegou a hora de você me crucificar: o entrevistado disse que a surra matrimonial é permitida apenas no caso em que a mulher se recusa a ''se deitar'' com seu marido. No Brasil, até pouquíssimo tempo atrás, sexo era considerado um DEVER conjugal. E o matrimônio era ANULÁVEL se não fosse ''consumado''. Aliás, ainda existe uma corrente (embora minoritária já, grazadeus), que considera q ainda pode ser anulável... Eu sei q isso não se compara ao fato de um homem poder BATER na mulher pq ela se recusa a se deitar com ele, ainda que seja, como disse o entrevistado, ''em último recurso''. Mas.... a maioria da sociedade acha a surra uma ótima pedagogia. Qual a real diferença entre bater na sua mulher e no seu filho? Sinceramente, eu não vejo tanta. E está lá na bíblia (aquela, q os católicos usam), q vc deve educar seu filho COM A VARA, para que ele lhe honre... =/

    Mas.. meu comentário não será compreendido. Já sei disso de antemão.

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    1. Nossa Natália, se o prof for o mesmo é muita coincidência - mundinho pequeno!
      Entendo seu coment sim. Até pouco tempo era msm um "dever" conjugal e casamentos podiam ser anulados por isso. O fato é que apesar de tudo evoluímos um pouco... enquanto eles continuam a pisar e repisar na mesma tecla. Não há como comparar a situação da mulher no nosso mundo ocidental e no islãmico. Pelo menos não nos países islãmicos teocráticos e radicais. Quem quer ser mulher numa terra dominada pelo talibã (credo!) ou por malucos do porte desse cara do vídeo - um líder religioso sério e respeitado deles? Desculpa, mas EU não!!!
      No mais... tirando os ignorantes - que existem em todo lugar, independente do tipo de formação familiar, religiosa, moral, cultural em que foram criados - faz algum tempo que "educar com vara" e "instruir com surra" etc deixou de ser algo socialmente aceitável ou permitido. E afirmar que isso é uma forma de honrar a mulher, seguindo as normas divinas, então... é algo para ser no mínimo alvo de chacota. Desculpa, passei do ponto de ser compreensiva com o tema. Se aqui no Brasil as feministas lutam e brigam e saem nas ruas em marchas das vadias (que apóio 100%!!!) não podemos nos calar diante de um vídeo desses. Não mesmo, seria uma incongruência total. Se concordarmos que uma mulher pode levar uma surra porque é mulçumana e isso faz parte da sua "cultura" e é permitido por sua "religião".... então é melhor enfiarmos desistirmos de qualquer avanço feminista das últimas décadas.
      É o que penso.

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  6. Eu não acho nada porque quando chegou na parte de "tem toda uma etiqueta para bater na esposa" eu parei de assistir.
    Que nojo!

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    1. Não é nojento? Vi algumas vezes... tentei compreender. Não deu. Tudo bem que lá no tempo do profeta essas regras podem até ter sido um tipo de "evolução" no tratamento das esposas... não bater no rosto (e não tornar ela feia aos olhos do marido), não quebrar ossos (pra ela poder continuar a trabalhar e servir o marido), e demais regras de etiqueta. Isso pode ter isso algo muito nobre naqueles tempos... agora querer que isso seja aceito como tal hoje. HOJE! É um abuso. Um absurdo. Em que século eles vivem? Não pode ser no mesmo que o meu.

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  7. Quando vemos algo que seja contrário dos nossos ideais, ficamos revoltados mesmo. Mas aprendi que os costumes e cultura de outros povos devem ser sabidos, mas não compreendidos, se vc não aceita aquela ideia. Devemos respeitar os costumes deles e tentar se afastar daqueles que não concordamos.

    Kisu!

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    1. Gostei disso de "sabidos mas não compreendidos"... mas a parte em que respeitava eles, sinto informar, acabou depois desse vídeo. Respeitei demais, compreendi demais, desculpei demais... e eles foram crescendo e tomando conta até chegarem ao ponto de terem a cara de pau de de defenderem a surra divina numa esposa, uma etiqueta de como bater numa esposa, e afirmar que tudo isso é uma forma de mostrar como seus Deus honra suas mulheres.
      Como disse no post, a brincadeira acabou. Hoje para mim as palavras islã e horror são sinônimas.

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  10. Oi Gê, eu achei o máximo o relato sobre a aula de religião que vc teve. =)
    Eu acho que aulas sobre religião nas escolas ajudariam a eriquecer melhor o currículo escolar e a formação dos alunos. Maaaasss é proibido e o ensino é laico, né! Não pode!
    Que chato!

    Então, sobre o que você escreveu, eu compreendí perfeitamente o que escreveu e a foto que postou, que eu não sei se é real ou uma encenação, mas me causou arrepios.
    Mas eu concordo com a crítica da Lu. A violência contra a mulher em outros países não islamizados nao é institucionalizada, mas é aceita socialmente como parte de uma cultura machista. Aqui as mulheres não morrem apedrejadas, mas vítimas de maridos violentos e que acham que tem esse poder. Isso tambem não deve ser tolerado, mas combatido. Aliás, outras religiões, como o cristianismo, em algumas facções, pregam que a mulher deve ser submissa ao homem, que foi ela quem criou o pecado, entre outras barbaridades...
    Beijos

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  11. Peraí, peraí, peraí!
    Gê, você leu o Alcorão? Leu a bíblia? Então você sabe que tanto um livro quanto o outro ( e desconfio que a Torá também, embora não a conheça tão bem) falam de violência, punição corporal e muitas outras coisas.
    Isso não significa que seja aceitável nem para uns nem para os outros. O que acontece é uma grande má interpretação do livro sagrado e o uso abusivo dessa interpretação errada.
    A maioria dos muçulmanos não concordam com a violência e a mensagem fundamental do Alcorão é de amor, paz e tolerância. E deixa claro que o julgamento não cabe aos seres humanos, mas a Deus ( Allah) que é unico e sabe o que fazer com cada um que chegar até ele.

    Não existe, de forma alguma justificativa para qualquer tipo de violência - seja ela contra a mulher, as crianças ou qualquer ser humano. Mas o problema não é o Islã - o problema são os malucos que o interpretam mal e porcamente.

    Como fizemos nós Cristãos, ao queimarmos as bruxas, na Santa Inquisição...

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    1. Sim, o Alcorão na teoria é a coisa mais linda do mundo. Conheço também muitos mulçumanos do bem e da paz, etc...
      Agora me diz, em que século nós - cristãos - queimamos bruxas?
      Idade Média?
      Ah, tá.
      E por isso devemos nos calar diante do que eles fazem com as mulheres AINDA hoje?
      2013 d.c.
      Ah, tá.

      Só que discordo.

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