sexta-feira, 3 de maio de 2013

A primeira confusão do ano. Um oferecimento de baby two!

Meu doce de leite queimado no ponto de jogar fora do tacho!
Nessa semana fui chamada para ir na escola da baby two, que agora é a mesma da baby one. Estava saindo pra reunião, marcada para as treze horas (hora tãooooooooooo legal!), quando encontrei com a pimpolha maior voltando pra casa depois das aulas. 

_ Onde vc vai mamis?
_ Reunião na escola da sua irmã.
_ O que foi que ela fez?
(pausa... suspiros... poizé...)
_ Nada demais, rs.
_ Fica assim não... veja só, estamos no fim de abril. Até que demorou muito!!!
(pausa... suspiros... poizé!)

Fui lá. Pensa em alguém que de-tes-ta reunião em escola. Tenho o maior respeito do mundo por professor, pedagogo, psicopedagogo e et cetera... MAS que é um saco é. A responsável pelo setor foi um amor, foi super profissional, esclareceu tudo, agradeceu minha compreensão (como não?), enfim... ficamos lá por uns quarenta minutos de papo enquanto eu ouvia o problema em que a baby two tinha se envolvido e onde aparentemente era a vítima. Sei o anjo sem asas que tenho em casa... vítima inocente ela nunca foi. No maternal (contarei em outro post) ela já aprontava e eu já era "convidada" para reuniões na escola. Viram a fotinho dela aí em cima? Esse docinho é minha baby two aos dois aninhos. Foi quando começou a escrever sua "ficha corrida". Não se enganem com o sorriso e os cachinhos dourados... é pura camuflagem. A menina tem um certo passado que a condena, rs.  Aff...
Vou tentar resumir.
Ela "quase" levou um tapa na cara de um colega que senta na frente dela. Dentro da sala de aula, no meio da aula. O menino - vindo de outra escola, outro mundo, outro universo... - além de quase pegar ela dentro da sala (foi segurado) ameaçou levar uma faca no dia seguinte para "furar" e matar ela... Algo inimaginável dentro do ambiente daquele colégio. Foi um auê em sala. A pedagoga disse que levou mais tempo tentando acalmar os 12 ou 15 pais de outras crianças da sala - que relataram o entrevero na classe - do que me acalmando. Fui a última a ser chamada para "reunião". Primeiro ela chamou os pais do "ofensor", depois teve que lidar com os outros pais aterrorizados que foram lá voluntariamente descobrir o que estava se passando. Disse que já tinha chamado os pais do menino, que tudo foi explicado e que eles não estavam passando a "mão na cabeça" dele. Que ele vinha de uma escola onde para "enfrentar os valentões e não ser intimidado" era obrigado a ameaçar e botar banca, mas que ele jamais iria levar uma faca pra escola pra machucar a coleguinha... que era tudo um blefe. Que está sendo monitorado por todos os professores e monitores. Que os pais estão revisando a mochila dele sempre antes de vir pra escola - só por garantia. Que já mudaram as crianças de lugar, estão sentando longe um do outro. Que não preciso me preocupar. Que...
Como assim?
É isso mesmo. Choque cultural. O menino (11 -12 anos) da sexta série já tem entranhado dentro de si o mundo hard core onde viveu antes. Para ele virar-se e voar pra cima de uma colega, no meio de uma aula, e tentar bater e ameaçar de morte, é porque tal atitude faz parte de uma reação "normal" onde estudava antes. Pena da criança? Não, não tenho das minhas porque teria das dos outros? Sei  que deve ter passado horrores de onde veio - imagino que um escola pública de quinta categoria - mas sei também que foi inteligente o suficiente para passar numa prova (duríssima) para entrar no colégio onde estuda agora. Então... burro o menino não é. Passou por um período de adaptação onde todas as normas e regras e regulamentos escolares foram passados para todos, é um sistema à moda antiga. Aprendeu, junto com minha filha e todos os demais colegas, os comportamentos que são certos e errados, o que é tolerado e  o que não é.  Ainda assim... lá na hora H o ranço emocional e a bagagem cultural falou mais alto do que tudo. A reação dele foi absurda, foi totalmente over, fora do padrão. E portanto foi punido. Corretamente punido. Está tendo todo acompanhamento psicopedagógico dentro da escola visando readaptá-lo ao ambiente civilizado onde agora vive. Espero que funcione, ele é criança e há tempo para corrigir. Confio no sistema onde minhas duas filhas estudam. Tanto que sequer cogitei mudar a pequena de escola, sequer de sala. Ainda que tivessem me oferecido a alternativa. Deixei ela lá, na mesma sala, só porque acredito e confio na capacidade de monitoramento, ação e resolução de problemas do colégio onde está estudando. Sei que são sérios e que não brincam nem com estudo nem com disciplina. 
Devo deixar claro que, minha filhota - baby two - não é vítima inocente. Pelo contrário. Se o menino tivesse agido de acordo com as normas de conduta corretas ela que estaria sendo punida sozinha (a bem da verdade ela também foi punida - e dei todo meu apoio à decisão) e ele seria a vítima. Ele tentou bater nela e fez as ameaças porque ela provocou. A baixinha estava chutando a carteira dele. Ela sentava atrás dele. Ele disse que pediu para ela parar e ainda assim ela continuou. Acredito piamente nisso. Minha baby two está longe de ser santa, antes pelo contrário! Aqui em casa ela foi totalmente advertida, não dou mole pras minhas filhas não. O espaço individual - seu ou alheio - tem que ser respeitado. O outro - coleguinha ou não - tem que ser respeitado e isso não é negociável. A integridade física e moral do seu semelhante é um bem sem preço tanto quanto a sua própria integridade física e moral. Ela admitiu que estava chutando a carteira dele. Disse que foi sem querer (tenho cá minhas dúvidas... conhecendo a peça rara) e que na verdade estava com as pernas cruzadas e balançando uma delas porque estava nervosa esperando a professora entregar uma prova. A psicopedagoga - que não conhece ela - caiu nesse conto. A menina de boba nunca teve nada. SE fosse prova de português tudo bem, eu até relevava. Era de CFB - ciências - e ela não tinha motivo nenhum para estar "ansiosa"... Enfim.
Ele foi punido. Ela foi punida. Ambos estão sendo monitorados. O sistema está agindo. Acabei de receber o  FO - fato observado - negativo dela para ser assinado. Assinei com gosto. A média dela em comportamento sofreu um decréscimo. Concordo. Espero que ambos tenham aprendido a lição.
Baby two está super bem, tudo superado. Aliás ela amou ser o centro das atenções dessa confusão toda. Ai , aies... a menina não é fácil. E está adorando mais ainda ser alvo da atenção da psicopedagoga que agora quer "trabalhar mais isso da ansiedade dela com notas...". Fazer o quê? Avisei pra ela tomar cuidado porque senão... minha baixinha vai dar nó e ainda fazer um laço de fita na cabeça dela. Ela não acreditou... kkkkkkkkkkkkk. 





Ela estuda no Colégio Militar. Por isso minha confiança e tranquilidade.  Sei que o sistema funciona.

10 comentários:

  1. Precisei para a leitura no meio (na verdade no começo) pra falar eu jurava que essa foto era de alguma revista!!!! hahahahaha
    Que fofa!!! (vou voltar à leitura)

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    1. Ela era (é) uma fofa. E a maioria se engana com sua fofura exterior, kkkkkkk.

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  2. Acabei de ler!!! Estou ficando com (mais) medo de ter filhos... Eu sei que criança se faz de inocente e muitos adultos acreditam. Eu sei porque eu me fazia. Na (grande) maioria das vezes minha mãe não acreditava em mim. Agora me ensina: Como é que eu vou saber se é verdade ou não????
    Ai ai... tão mais fácil criar minhas tchucas (minhas cachorrinhas)...

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    1. Toda mãe sabe, vai aprendendo ao longo do tempo. Só se engana quem quer. Tá, faço exceção às mães de psicopatas... parece que eles sabem enganar bem. Ainda assim... acho que lá no fundo a mãe sabe que tem algo errado. Minha opção sempre foi não passar a mão na cabecinha dela(s).

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  3. Bom, se você avisou a psicopedagoga tá avisado! Ninguém conhece melhor os filhos do que a própria mãe... se bem que tem mãe que também se faz de boba pra defender os filhos quando eles estão errados. Que bom que a escola é séria e fez o que deveria ser feito. Ponto pra eles!!

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    1. Poizé, minha consciência tá tranquila... avisei. Depois não reclamem se forem feitos de bobos.

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  4. Eu acho fantástica essa tua atitude de não passar a mão na cabeça dela quando você sabe que ela está errada (ou que foi "sacana" - não imagino baby two sendo sacana com a carinha dela, mas enfim, você é a mãe, hehehe). A gente vê muito pouco disso, e acho isso muito importante na hora de educar um filho, porque é assim mesmo que se ensina o certo ou errado (na minha modesta opinião).
    Mas isso do menino estar passando por todo esse choque cultural, me parece comum. Até existe um ditado, bem conhecido e que não deixa de ser bem preconceituoso pelo modo como foi "forjado", mas expressa um pouco disso, que diz "você tira a pessoa de 'tal lugar' mas não tira o lugar da pessoa". Dependendo do tempo e da criação dele, mesmo que ele se comporte de modo diferente, que ele siga as regras da nova escola, acho que sempre fica um pouco daquilo que ele já viveu. O bom é que é Colégio Militar, que pra mim, é a melhor das escolas que existem em nosso país, em todos os sentidos.
    Espero que tudo se resolva! :)

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    1. Está tudo resolvido (espero!).
      Quando digo que não se deve julgar o livro pela capa... a fofinha aí de cima é um exemplo claro disso. De vez em quando ela até consegue me dar nó, e olha... que não é fácil.

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  5. :-) hahaha...eua cabeid e ser chamada para um grupo do meu pessoal do colegial...quando eu dei uma cadeirada num menino. Ainda bem que eu nao estava no colegio militar.

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  6. Cara, eu fiquei assustada com esse menino que disse que ia levar uma faca e tentou agredir sua filha!!!
    Um menino de com a faixa etária de 10-12 anos já sabe o que é uma maldade e que facas machucam.
    Que bom que a escola tomou providências!!! Mas se eu fosse mãe, só ficaria tranquila quando esse tal menino não fizesse mais parte da turma, nem do colégio da minha filha!
    Como é que as coisas estão agora?
    Beijos

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