terça-feira, 19 de março de 2013

Semi novos, batidos e atropelados.

A brasília amarela fechou as portas pro amor. 
Outro dia ouvi de uma amiga uma expressão engraçada. Contando sobre seu novo namorado, ela disse que ele era "batido" quatro vezes. Como assim, caramia??? Foi quando me explicou que new love tinha quatro casamentos na estrada da vida... realmente quatro ex-esposas podem avariar bem  qualquer lataria, sem falar no motor. Rimos muito, avisei pra ela ter cuidado, afinal... o cara parece ser chegado mesmo é numa oficina mecânica.  Só um homem mesmo para se comparar a um carro. 
Algum tempo depois foi a vez de ver usarem a expressão "semi novo" para pessoas de, digamos, certa idade e/ou separadas. Como nos anúncios de carros usados... Já notaram que nenhum deles é mais usado ou velho? São todos semi novos. E as citações automobilísticas não acabaram por aí.
Ontem foi a vez do atropelado. Fulano tinha sido atropelado, um fulano que dentre outras coisas era bom motorista, daqueles que nunca descumpriu uma só norminha de trânsito. O carro dele era um brinco, motivo de maior orgulho. Pena que um dia o co-piloto resolveu testar outros motores, em outras escuderias, sem dar aviso prévio ou rescindir o contrato entre eles. Convenhamos que ninguém é obrigado a assinar contrato de exclusividade com nenhuma equipe, mas uma vez assinado, é de bom tom que o cumpra. Ou que avise antes de sair negociando outros na esquina. Quando meu amigo se deu por conta, a concorrência já tinha desfalcado o time dele. Segundo ele mesmo conta não foi um acidente comum, foi um atropelamento enquanto atravessava a faixa de pedestre. Não sobrou nada inteiro, ficou feito pó.
Eita, qual o motivo dessa nova neo língua? Homens e suas revistas quatro rodas... 
Quer dirigir? Obedeça às regras. Elas tem um motivo para existir.
O caso é que ele havia sido traído (dãh) e o modo de descrever o que sentia era dizer que além do coração partido tinha, também, quebrado todos os ossos do corpo. Os ossos são a estrutura que dão sustento ao nosso corpo. Como seguir sem coração e ossos inteiros? Haja fisioterapia. Haja coragem e vontade de viver. Foi um longo e complicado período de recuperação até ele andar novamente e sentir forte para entrar no carro. Levou mais tempo ainda para voltar às pistas de corrida.
Quando achou que estava bem e - surprise! - a equipe tinha sido recuperada e rodava junta em direção à vitória... foi mais uma vez surpreendido por outro "acidente de percurso". Outro atropelamento, sejamos claros. Um acidente  pode até acontecer "sem querer", faz parte do risco de quem dirige, mas... dois seguidos? Isso já é dolo (quando se comete o crime sabendo exatamente o que está fazendo). O segundo não tem desculpa, não tem conversa.
A grande questão é que as fraturas não estavam ainda 100% coladas. Resultado? Internado no box do amor, sem data pra sair. Quem mandou recontratar a ex-parceira? Acreditar em todo aquele papo de que agora tinha amadurecido, aprendido o valor da equipe e tudo o mais... Ela parece viciada em testar carros de outras equipes. Zero comprometimento com o time, veste a camisa da escuderia só pra fazer bonito nas feiras de exposição de automóveis. Mas vive atrás de test-drive em qualquer beco sujo. Quem tem vocação pra piloto de testes não deveria correr em equipe. Dessa vez acho que o carro deles vai dar perda total. Destino: direto pro ferro velho. E não tem seguro que pague o estrago. 
Acho que alguma pessoas não deveriam ter carteira de motorista. Outras precisam entender que uma pista de corrida nunca foi, nem será, um lugar seguro. E que não dá pra confiar cegamente no seu co-piloto, por mais tempo de casa que ele tenha. 
Crash!


3 comentários:

  1. Se eu me separar,já tenho até medo de como irão me chamar:semi-velha?batidaça?

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  2. M: acho que a categoria semi-velha (ou batidaça) não é comercialmente viável, rs.
    S: tem certa graça. menos pro atropelado, claro!

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