segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Uma resolução pra 2013

Estava lá quase nanando quando me veio a lembrança de uma mega amiga, irmã, comadre, deusa, companheira de lágrimas e risos. Sabe aquela pessoa do bem, alto astral que não se deixa abater por nada? Dona de uma gargalhada que clareia o dia da gente? Tipo assim... 
Eis que alguns anos atrás a poderosa e linda amiga levou uma rasteira da vida. Resumindo pra não virar novela: separou-se, levou um gigantesco pé na bunda. Sim, isso acontece. Super normal hoje em dia, tanto que ninguém mais dá bola. Exceto quando trata-se de uma amiga sua. Agravantes do causo: a querida estava grávida, de cama, com uma gravidez de altíssimo risco... quando foi convidada pelo cretino a desaparecer com a filha e o baby na barriga pois tinha se apaixonado por outra. Claro que, descobriu-se que o efedepê estava de caso fazia tempo com a rapariga da esquina (sim, ela morava na esquina, aff) enquanto minha best amiga estava de repouso forçado, da cama pro banheiro, do banheiro pra cama. Daí ela juntou o que restava de forças e se mudou de mala, cuia, filha e barrigão de mais de 6 meses... não só de casa, mas de cidade e estado também. Tudo com o maior astral, rindo da própria desgraça e meio que consolando a gente... pode? 
Baixaria e corvadia sem fim explica tudooooooooooooooo o que houve. 
{Tenho algo contra separações? Nada. Tenho como algumas pessoas se comportam nesse momento. Acho que tem que ter um mínimo de respeito, elegância e até mesmo amor ... amor pela história vivida, pelo passado em comum, pelos bons momentos, por aquela pessoa que até anteontem... era a razão da sua vida. Divórcios precisam ser bem conduzidos pra não causarem mais feridas do que naturalmente já trazem... Não sei se é possível pra todos, mas já vi gente se separando e continuando bem... alguns poucos até virando amigos, outros - maioria - mantendo um saudável relacionamento depois da poeira assentar, sem rancores ou dores desnecessárias.}
Daí ocorre que sou daquele tipo de amiga que compra dor alheia, que compra briga, que chora junto, que pega raiva. Nem preciso dizer que o fulano foi execrado da minha casa e virou objeto de desprezo e zódio mortal. Sim, desejei mal - com todas as forças desse mundo - pro desgraçado. Desejei tanto mal que ele se concretizou: acabou casando com a p$@T%. Casal pefeito, se merecem, quase mandei presente de casamento pros pombinhos. Espero que ela apronte com ele o dobro do que ele fez com minha amiga. Espero que ele faça com ela o triplo do que fez com a minha amiga, pra zinha perceber o big casório que fez. Dizem as más linguas fofoqueiras que sim, estão vivendo um nirvana a dois - só que não. Aqui se faz, aqui se paga. 
Bem, como eu comprei tanto a briga dela... minha iluminada friend chegava a dizer que tinha mais medo de me contar o que ele aprontava do que aos pais, pq eu ficava tão furiosa que ela tinha receio do que pudesse fazer. Além de iluminada ela me conhecia. 
Gente, vou te dizer... foi por pouco. Fiquei tão transtornada que outra amiga - power fazendeira, power onça pantaneira - chegou a me oferecer de presente uns dois ou três ou seis paraguaios pra dar uma lição no dito. Era só eu dar o endereço e fornecer uma foto do futuro finado. Tremi da base, babei de vontade. The evil que mora escondidinho dentro de mim bateu palminhas de contentamento. Passamos dias rindo e decidindo como seria feito. Vero! Verdade veradeira, creiam. Ela achava que o negócio era encerrar logo o assunto e botar ele sete palmos abaixo da crosta terrestre. Aff, adoro amiga que compra a dor da amiga da amiga. Mas, como já disse antes... infelizmente isso de caçar e abater esses espécimes - infelizmente considerados como seres humanos - é ilegal. Tenho um pequeno apego ao sistema jurídico, ainda que caótico, nosso. Ai, ai... uma pena esse tipo de escrúpulo pequeno burguês. De toda forma, foi ótimo e desopilante ficar ali, maquinando o castigo. Sei lá, mas acho que quando a gente põe pra fora o nosso lado sombrio, deixa ele falar, dar as caras... acaba fazendo bem no fim.
Sente os altos papos sádicos de vingança:
_ Já decidiu? 
_ Já, é pra dar uma sova caprichada e pronto. 
_ Então tá.
_ Mas tem uns detalhes - o diabo mora nos detalhes - presta atenção que é pra quebrar os dois braços e as duas pernas dele. Pensando bem, as três. Depois castra, à moda antiga. Então se não for pedir demais... pode currar. Se os paraguaios toparem, claro! E joga ele assim, num lugar bem público... de preferência perto do trabalho, pra garantir que todos todos todos fiquem sabendo. Se não houver humilhação diante de platéia... que graça tem?
É, sei. Tenho medo de fazer regressão de vidas passadas. Algo me diz que fui torturadora na idade média, ou algo pior. O limbo me aguarda de regresso, não aprendi nada nessa vidinha... eita sangue ruim meu! 
A sorte, claro, é que tudo isso era papo de zamigas enfurecidas e ligeiramente alteradas por algumas caipirinhas turbinadas. Por mais tentadora que fosse a idéia de ver o coisaruim sofrer mais que judas... não estava (nem está) nos meu planos fazer algo do tipo pra ele ou pra ninguém. Sorte também que a minha comadre querida sempre foi um espírito mais elevado do que o meu... pq se ela dissesse uma vezinha só que deseja algo no estilo... Sorte dele que nunca-jamais ela insinuou algo. Se comadre comentasse de longe que queria algo do tipo, acho que tava feito. Num piscar de olhos, vapt vupt, pra não dar tempo de pensar ou se arrepender. Não, ela não sabia das minhas sádicas intenções maquinadas com a amiga 2. Só fui contar tempos depois.
Já que não podia também (plano sádico mirabolante B) botar o mequetrefe nas masmorras do palácio de Praga e testar cada um daqueles brinquedinhos medievais... me contentei, durante todo esse tempo, com o que estava ao meu alcance: proibir a entrada dele na minha casa, ameaçar de banimento todo e qualquer amigo em comum que demonstrasse compreensão para com o quase-falecido, virar a cara, não dizer bomdia-boatarde-boanoite e outras picuinhas do tipo... Fazer o quê? Tem horas que acho que não saí do jardim de infância... com essa idade nas costas e me comportando como uma criança birrenta. Só faltava eu chamar ele de bobofeiochato, isso se... eu me dignasse a falar com o porquera.
Então... tudo isso pra contar que uma das minhas resoluções para 2013 é tentar (eu disse tentar) desculpar o canalha. Perdão não, pq isso é ofício divino e não tenho complexo de grandeza do suficiente pra me intrometer na seara Dele.
Vou tentar não desejar o mal sempre que o vir ou que algum desavisado tocar no nome e na história.... Vou tentar não revirar o estômago sempre que pensar no tanto que minha amiga passou (e ainda passa) pela desconsideração, desrespeito e falta de hombridade do maledeto. 
Não pretendo retomar a amizade (é ruim, ein?!?), nem mesmo fazer a social. Continuarei a ignorar solenemente sua feia figura sempre que tiver o azar de o encontrar... mas tentarei não fazer mais birra. Não sei se conseguirei ser educada... a idéia de trocar um mero "oi" me dá ansias de vômito... mas, farei o melhor dentro do possível. Acho que é uma boa  e realística resolução de ano novo.
É isso, vou tentar ser uma pessoa um tiquinho melhor, crescer espiritualmente nem que seja um degrauzinho. Combinado, people?

Agora todos podem rezar e agradecer, talvez (há uma chance) a alma dessa que voz escreve esteja tirando o pé do purgatório.
Amém.

5 comentários:

  1. Tem um Hannibal Lecter dentro de mim, ele eh mau, ele eh justiceiro... E ele teria comido as tripas desse filhadeumap**** que fez isso com a sua amiga. FIM

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  2. Geíza, não precisa ser próxima para achar esse cara um grande FDP.
    A cada pedaço de história eu pensava comigo mesma "Mas que maldito!", Mas que filho da puta!".
    Sua amiga tem uma força interior tremenda! Eu teria cometido um crime!

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    Respostas
    1. Ela é assim mesmo, uma força do bem.
      Ele é um efedepê.

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  3. Olha, eu acho que "esse daí" não merece que uma pessoa maravilhosa como tu desculpe ele. Ele não merece nada de nada no mundo!
    E se vc conseguir desculpá-lo, me manda a fórmula? Pq eu ando muito precisando dela também!

    Beijão!

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