quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pequenas GRANDES felicidades.

Engraçado isso de amizade, não é?
Faz poucos dias que retomei o contato com uma grande amiga, a bela D. La belle de jour.
A vida bem que tenta, separa a gente, cada uma vai para um lado... mal se vê durante anos a fio. No entanto o sentimento, a ligação, a intimidade... tudo continua presente.  Amizades verdadeiras são assim, à prova de tudo: tempo, espaço e rotina.  Mesmo longe, ela sempre esteve presente na minha vida, foi minha amiga-cúmplice-aliada nos bancos da universidade. Dividimos sonhos, desejos, enganos, descobertas, risos enquanto virávamos quem somos hoje. Seguimos por caminhos diferentes, cidades distantes, por vezes... países, e nada mudou, o lugar dela sempre foi cativo dentro do meu coração. Em janeiro sempre rezava e soprava velinhas imaginárias para comemorar seu aniversário. Tenho guardado na caixinha de jóias o anel com a Lágrima de Alá que ganhei dela... a bem da verdade, o coitado quebrou, mas está lá. Faz parte dos meus tesouros mais queridos. 
Quando a situação apertava, me socorria com as lembranças das nossas bobagens, dos dias felizes. De ir nadar na piscina da faculdade (abandonadaaaaaaaaa) na hora do almoço, de ficar no espelho do banheiro dizendo que uma era mais linda que a outra. Das roupas de linho que fomos fazer juntas na mesma costureira para usar nos estágios... Do estágio com o great NPDoyle. Das conversas sem pé nem cabeça. De comer pão árabe esquentado direto na chama do fogão. De andar milhas a pé por Brasília. Das formaturas. Dos casamentos. Dos tempos que achávamos que sabíamos tudo sobre tudo e éramos as donas do mundo e senhoras da verdade. Ah, como era bom ter certeza de tudo! Duas super humanas, duas mulheres maravilhas. 
Nunca houve um pingo de dúvida, um momento de questionamento, nada de mentiras ou picuinhas, zero inveja ou ciúmes. Nunca houve sequer sufocamento, ela tinha sua turma, eu também tinha a minha. Vivíamos juntas, mas sem a pressão de estarmos sempre juntas ou fazermos tudooooooo juntas. Sabe aquela pessoa que você deseja que seja feliz e só quer o melhor? E sabe que ela corresponde o sentimento? Sem mimimi, sem frescura, sem vergonha, sem cobranças. Que conhece como ninguém suas qualidades e defeitos e te aceita assim, sem retoques? Com quem pode falar de qualquer assunto sem medo de ser julgada. E que sabe que vai ouvir uma opinião sincera, mesmo que não seja o que gostaria de escutar. 
Hoje acordei sonhando com a minha D... acordei tão bem! Estávamos gargalhando e pondo a conversa em dia, passeando por lugares conhecidos, chorando de rir do fato de termos (susto!) feito quarenta anos. É incrível imaginar que chegamos até aqui, que temos filhos crescidos, que ainda estamos casadas como os mesmíssimos maridos. Vou chorar litros quando a gente se rever ao vivo e a cores. Melhor comprar um lenço e usar rímel a prova d'água, kkkkkkk. 
Sabe aquela coisa de amizade pura e simples? Sim, essa raridade. 
Tenho a sorte de ter uma amiga assim. Sei que isso aqui vai gerar uma pequena ciumeira, mas... que me perdoem as outras, mas a D é única. E faz falta. D é uma fazedora de falta!
Claro que sempre tivemos muito em comum, mas também temos e (espero) teremos um outro tanto pontos em que divergimos. É tão aborrecido ter alguém que só diz amém pra você, isso não é amizade... é fanatismo. Dispenso gente me aplaudindo 24 horas por dia, ter (ou gostar de ter) platéia é um perigo. Relacionamentos precisam somar, agregar, instigar... senão deixam de ter sentido.  
Lembrei, por exemplo, que nunca fui com a cara de nenhum paquera dela naqueles tempos. Naquela época a gente tinha "paquera", ok? Então, de repente, ela me surpreende e começa a namorar (e depois se casa) com ultra Pê. Sabe casal perfeito? Tinha que ser ele e nenhum outro... 100% de aprovação. Imagino que deve ter sido chato pra ela aguentar uma amiga que torcia o nariz pra todos seus namorados. Aff, como euz tinha entojo do FPastel! Um mauricinho cabeça de vento... ridiculão. 
Só sei que crescemos assim, num respeito total pelas nossas diferenças. Talvez por isso, por não haver nenhum interesse além... é tão bom - BOM DEMAIS! - ter ela de volta ao meu dia-a-dia. Nem que seja só por meio de emails. Que estão hilários, quando abro um parece que estou vendo e ouvindo ela aqui... nada mudou. Talvez uma ruguinha aqui e outra ali, mas amizade desse tipo não liga pra essas besteiras. 
Ainda não consegui convencer minha best best ever friend a usar redes sociais. Um dia quem sabe tiro ela do paleolítico? Já estou bem contente dela ler meu blog... resta agora aprender como usar os comentários. Sei que consegue, lindona! Aguardando sua estréia no setor pitacos, não demore muito. 
Tenta dar um "oies, gê" aqui!

2 comentários:

  1. Meu Deus! Que lindas, lindas palavras. A recíproca é mais do que verdadeira! Fiquei durante esta semana toda lembrando de todos os momentos, mais do que felizes, do começo dos nossos 20 anos. E, tenha certeza, de que daqui há mais 20 anos estaremos juntas também! Te adoro muito, amiga-irmã, para sempre! D.

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  2. Ahá, conseguiu!!!
    Também te adoro, mas isso vc já sabe.
    Bjks.

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