terça-feira, 30 de outubro de 2012

Amely é mulher de verdade!

Criatura e criadora.
Acabei descobrindo o trabalho da cartunista Pryscila Vieira por conta de uma polêmica no blog da Lola. Sou fã desta, ainda que comente pouco... estou sempre visitando o escrevalolaescreva. Mas não importa o como, o legal mesmo foi a chance de conhecer os trabalhos da Pry (pego intimidade com uma facilidade...), em especial as tirinhas da Amely. Achei uma grande sacada! As feministas radicais de plantão em Curitibas parecem não ter gostado e partiram pra cima... agradeço, se não fosse por isso não estaria me divertindo com as tirinhas. Valeu!
Abaixo, uma parte do texto que Lola publicou em seu blog, como parte do "direito de defesa" da Pryscila...
e depois algumas tirinhas que tirei do site desta última. Quem achar interessante pode saber mais aqui: 
Mulheres e homens só vão se conhecer "de verdade" depois de casados = realidade!


.... " SOBRE A AMELY – UMA MULHER DE VERDADE
Batizei a personagem com esta graça devido ao samba intitulado “Ai! Que saudades da Amélia”* cujo tema é o comparativo entre a mulher atual, vaidosa e luxuosa, e a anterior chamada Amélia, um exemplo de resignação e desprovida de vaidade. No samba, Amélia era considerada uma mulher de verdade, embora eu mesma ache que ela vivia uma mentira por se anular para viver à sombra de um homem. Nos meus quadrinhos, Amélia torna-se Amely. Essa sim é uma mulher de verdade, embora paradoxalmente seja uma boneca inflável. Explico:
A primeira vista, Amely é apenas uma boneca inflável, ou seja, um objeto sexual perfeito. Ela é desejada, plasticamente bonita e feliz. Numa segunda análise Amely  frustra homens ao mesmo tempo em que se projeta como salvação de mulheres. Ela gera todo este impacto por dois surreais motivos: ela pensa e fala!
Isso a transpõe do patamar de “mulher inflável” para o de “mulher infalível”. A partir deste momento, Amely  torna-se “uma mulher de verdade”. Ela passou a representar  a luta pela "desobjetificação" da mulher. 

O nascimento da Amely!
Ela tem vontade, iniciativa, independência apesar de que ninguém espere nada dela além de sexo.
Os quadrinhos da Amely tratam dos sentimentos e pensamentos de alguém que não esperamos que os tenha, muito menos que os expresse tão veementemente, drama comum da mulher moderna. Podemos observar esse drama expressado de forma ululante pelo Grupo "Feministas Independentes de Curitiba", que querem ter voz mas não a assume em personalidade, por medo. Identificaram-se, finalmente, ou preciso desenhar?

Além de Amely, ainda temos sempre um outro personagem que interpreta o Comprador da boneca, um homem de meia idade, frustrado, que resolve comprar uma Amely exatamente porque desistiu de tentar compreender as mulheres. Ele tem a esperança de que ela será uma mulher perfeita para ele, visto que não tem vontade própria, logo não tentará trabalhar nem subjugá-lo e além de tudo tem um preço módico e fixo. Mas a solução de sua crise existencial dura pouco. Para seu desespero, Amely chega pensando e falando. E pior: recusa-se a ser um mero objeto sexual. Ela quer ser seduzida, quer preliminares, quer amor e carinho como toda mulher.

Enfim, Amely é como toda mulher: de verdade."...


Vivas pra Amely! 


*  Leia mais sobre Dom Pedro I e sua segunda esposa... Dona Amélia Augusta Eugênia.

3 comentários:

  1. Ge, acredita que acabei de mandar um email pra Pryscila? Eu li tudo agora ha pouco e mandei email pra ela! Nao tinha visto seu post!

    Total "transmimento de pensacao"! hahahaha

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    Respostas
    1. Vc tbm leu? Kkkkkkkkkkk, pões trasmimento de pensação nisso!
      Amei a Amely, rs.

      Excluir
  2. Olha q legal.. Nao conhecia.. Obrigada por compartilhar!
    Bisous
    Joanna

    Querida, tem selinho pra te esperando la no blog..
    Bju grande!
    Joanna

    http://mapetitelima01.blogspot.fr/

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