Baile do dia do SOLDADO

Sábado foi o dia do Soldado brasileiro. Parabéns para todos! Um  viva para Caxias! E para Osório também!

Lança da Cavalaria demarcando o território.

Em Santa Maria dos Ventos Uivantes (não me acostumarei nunca-jamais a dormir com essa ventania) tivemos um belo baile no Hotel Morotim.

E devido ao nome do hotel, faremos uma pausa cultural, para um pouquinho de história local: Morotim foi o nome indígena dado ao bandeirante português Rodrigo (sobrenome perdido...) que vindo da Missão de Livramento foi dar pelos costados de Santa Maria, terra dos índios minuanos. Seu grupo foi atacado e dizimado pelos índios e Rodrigo feito prisioneiro. Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar, rs... ou melhor era líquido e certo: seria condenado à morte, mas... (viva os mas...) o jovem português além de bem apessoado era um bom cantor, e toda noite, reza a lenda, tocava toadas de amor e saudades da sua terra - Portugal - que acabaram por cativar o coração de Imembuí, filha do cacique Apacami. Imembuí, significa salva das águas, pois nasceu enquanto sua mãe Yboquitã banhava-se no arroio Itaimbé, e era amada pelo pai que não lhe negava nenhum desejo. O casamento entre Imembuí e Rodrigo seguiu os rituais indígenas e a este foi dado o nome Morotim. Anos mais tarde com a chegada da missão militar, foi fundada e oficialmente criada aquela que chamamos de Santa Maria, lá na rua do Acampamento (acampamento militar) mas para todos... ela surgiu antes, do amor entre a índia Imembuí e Morotim. Bem romântico, não? O arroio Itaimbé corre pelo centro da cidade, devidamente canalizado. Antes que me esqueça, Morotim significa homem branco.

As minhas estrelinhas brilhantes!

Voltando ao baile... foi como se diz nesses pagos, bem bom! A cavalaria compareceu em peso, o que significa que a festança foi melhor ainda, kkkkk... Yeah, nós vamos invadir sua praia (ou arroio, no caso)! Os ousados chegaram a levar a lança do Primeiro Regimento de Carros de Combate (do maridex) e colocar no salão, declarando o local como Território Independente da Cavalaria. Tinha que ser... e foi tudo dominado pela beleza e animação da nossa garotada. Sentiram o nossa, né? Não tem jeito, adoro eles, e mais ainda as minhas lindinhas, as estrelinhas brilhantes. Vou sentir falta de todos, pior que vou!

Meu super brinco não deu alergia!!!

Ah, sabe aquela famosa teoria do Murphy me ama? (Oi, Luanaentrópica agora com blog no facebook), poizé... benhê, nem te conto! A madame aqui tava indo pro salão - baile exigia um certo capricho - quando do nada, põe nada nisso, sem explicação... levei um tombaço no meio da rua. Salve salve meu Anjo da guarda (pq parei estatelada a 10cm de um carro), juro pro senhor que não faço isso de propósito, não estou querendo testar nem por em prova suas habilidades. E salve salve também pro meu bom e velho krav magá, pq o corpo velho aqui lembrou a tempo de com fazer uma queda direitinho. Claro que cair no tatame e no asfalto não é a mesma coisa, mas deu pra livrar a cara de um estrago feio. Resultado... as duas palmas da mão estropiadas (feio mesmo!), todo antebraço direito lanhado e os dois joelhos em petição de miséria. No problem... o olho é gordo, é grande mas Aquele que cuida de mim é maior ainda. Literalmente levantei, sacudi a poeira e fui pro salão me arrumar. Lavei as feridas, sequei o sangue, tomei dois tylenóis e fui pro festerê dançar até as quatro e meia da matina. Só lamento informar aos seca pimenteira que nada estragou minha noite, nem mesmo o maridex que (só matando) conseguiu destruir minha sandália da Carmem Steffens. Tudo tem conserto nessa vida. Claro que no domingo tava moída, e passei o dia enfiada debaixo das cobertas, mas isso é detalhe.
Ah, notinha climática: veranico se foi, a temperatura baixou, mas ainda estamos em frio nível 1, ou seja, leve, gostoso e perfeito pra namorar. 

A Irmandade do Aço no Território independente da Cavalaria.