sábado, 12 de maio de 2012

Minha irmã está em casa!!!

G1, G2 e G3.
Minha irmã voltou para sua casa hoje. 
Minha irmã voltou para casa hoje!
MINHA IRMÃ ESTÁ EM CASA!!!

(dá para sentir a felicidade aí, do outro lado da telinha?)
Ela acabou de dormir agorinha, enquanto eu terminava de ler o Anticancêr (David Servan-Schreiber - www.anticancerbook.com). Foram as 264 páginas mais demoradas da minha vida, desde segunda estou com ele em minhas mãos. Minha capacidade de concentração quase desapareceu nesses últimos dias... horas e horas na mesma página, aff.  Nossa irmã caçula vai ficar de guarda ao lado dela essa noite, está lá, dormindo num colchão ao seus pés, para qualquer necessidade. As crianças estão contentes com a mãe em casa e apesar de todo medo natural que o cancêr provoca, há uma mescla de alegria e alívio pelo fim da primeira etapa... devagar vamos em frente.
Amanhã é o dia das mães, e vai ser um dia feliz para todos nós, sem dúvida alguma. 
Sobre o livro... a parte que me ganhou foi quando o autor relata a questão da impotência e seu reflexo nos pacientes de cancêr. Segundo ele os pacientes com esse diagnóstico são levados a crer que não há nada mais a fazer (que ele possa fazer) a não ser colocar-se nas mãos dos médicos. Isso gera dentre outros sentimentos nefastos a sensação de impotência. Pensar que não pode fazer nada para ajudar a curar-se é pertubardor. É como além de ter-se saído azarado na loteria dos genes, ouvir um... "fica quieto no seu canto e não atrapalhe quem sabe o que está fazendo". 
Como ser posto de lado, quando o que está em jogo é a própria vida? 
Logo na introdução do livro afirma-se:  Todos temos um cancêr dormindo dentro de nós. Como todo organismo vivo nosso corpo favrica células defeituosas permanentemente. É assim que nascem os tumores. (achei real, meio faltalista, e também uma forma interessante de se encarar a doença) Mas nosso corpo é também equipado com múltiplos mecanismos que lhe permitem detectá-los e contê-los  (aqui está a chave da questão: o nosso corpo está apto a lutar e vencer - porquê não? - essas células cancerígenas).
Até hoje nenhuma "terapia alternativa" é capaz de curar cancêr, é bom que isso fique bem claro. Só que todos os pacientes que fizeram uso delas em conjunto com os tratamentos convencionais (cirurgia, imunoterapia, quimioterapia e radioterapia) tiveram surpreendentes taxas de de remissão do cancêr, bem como menor taxa de reincidência, além da melhoria da qualidade de vida. Esses dados não devem ser deixados de lado. 
É aí que entra a questão do paciente tomar para si o direito de fazer algo: o de lutar pela própria saúde, bem estar e vida. Deixar de estar impotente, sem nada a fazer além de colocar-se na mão de bons e competentes médicos. Saber que se tem o poder, que o seu corpo, sua mente e suas atitudes podem contribuir para a vitória, costuma levar esses pacientes-participativos a retomar as rédeas da situação. Tornar-se  parte ativa na luta é  informar-se sobre a capacidade do seu corpo de defender-se, saber e fazer o que é necessário para tanto e então reunir energia para vencer o que até pouco tempo atrás era uma sentença de morte absoluta. Estar consciente do que está acontecendo e do que é possível ser feito é essencial nesse caminho. 
Sim, mudanças de hábitos alimentares podem auxiliar nosso organismo a fortalecer-se, e se isso não faz mal,  no mínimo pode auxiliar... estar mais integralmente mais saudável só pode ajudar. Virar natureba orgânico, ajuda? Ok, vamos nessa!
Sim, mudanças no nível físico e psicológico também são bem vindas, o apoio de terapia em grupo mostrou que a taxa de sobrevida aumenta na proporção da efetiva participação dos pacientes nesse tipo de tratamento. Fazer terapia, yoga, meditação e cia também faz bem? Ok, estamos dentro!
Sim, toda e qualquer mudança que busque equilibrar corpo-mente-emoção só pode ajudar assim como o suporte familiar e do círculo de amigos, o uso de técnicas de relaxamento que tenham o intuito de melhorar a qualidade de vida. Cada uma dessa mudanças fazem parte do conjunto de medidas a serem perseguidas ao longo dessa caminhada e faz sentido para mim. Se não faz para alguns médicos, mais tradicionais ... sinto muito. 
O livro traz na sua parte final algumas tabelas que tentam "resumir" as principais medidas que o paciente pode (deve?) usar como coadjuvantes durante sua luta... vou dar um jeito de colocar no blog mais tarde. De toda forma, recomendo aos que se interessarem pelo tema a leitura do livro ou do site deste.
Se conheço minha irmã, sei que vai ser daquelas que vai tomar para si a luta contra a doença, deixar sua saúde na mão dos outros não faz seu estilo. Sempre foi uma guerreira e não vai deixar para ninguém mais o comando desta batalha. 
(Só que para variar... estou lendo o livro e fazendo o resumo para a baixinha, como nos tempos de criança, quando lia os livros escolares dela. Ela nunca foi muito amiga da leitura, rs. Passou direto para as tabelas finais, que "é o que interessa" para a mente cartesiana da minha irmã-engenheira. Não tem problema, estou aqui para isso mesmo. Leio e faço o "resumo" com gosto!)

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