segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Racismo que impressiona...

Gosto das campanhas da Bennetton - mais até que das próprias roupas - principalmente quando o tema é racista, ou melhor... antiracista. Muitas pecam pelo exagero, mas admiro a ousadia e a idéia força por trás das imagens. A que escolhi para ilustrar o texto é uma das minha preferidas. Usei para lembrar o quanto já evoluímos como humanos e o quanto ainda temos para nos aprimorar...

Lendo  Humboldt (cientista, humanista, aventureiro e intelectual prussiano que "descobriu a américa" em sua exploração iniciada em 1799 e influenciou toda geração posterior, especialmente Darwin), deparei com algo que desconhecia - e fiquei estarrecida. Segue ipce literes o texto:

"As tripulações de Henrique (príncipe de Portugal, o Navegador*) levaram 19 anos para passar a barreira psicológica do cabo Bojador, a ponta do Saara além da qual estava o "Mar Tenebroso", onde supostamente os brancos viravam negros."

Isso que é barreira psicológica... ficaram 19 anos sem avançar por medo de virarem negros. Socorro! Ainda que compreenda (tento compreender) o desconhecimento do mundo e da humanidade que havia na época, é demais para mim saber disso. Ainda bem que suplantaram o temor e seguiram em frente... apesar de tudo a razão e a ciência conseguiram vencer as trevas da ignorância. Sem o príncipe Henrique não haveria Sagres - observatório e escola de navegação mais importante da Europa que congregou os maiores intelectos da época - e não existiriam as grandes descobertas, Colombo não chegaria às Américas e vocês sabem o resto da história.
Quantas barreiras psicológicas ainda teremos que vencer antes de entendermos que somos todos iguais? Uma só humanidade num único mundo, esse planetinha azul chamado Terra.
O próprio Humbold - já naquele tempo - pregava aos europeus repetidamente que ..." Ao mesmo tempo que mantemos a unidade da espécie humana repelimos a deprimente suposição de raças inferiores e superiores de homens. Há nações mais suscetíveis à cultura, mais civilizadas, mais enobrecidas que outras pelo refinamento mental, mas nenhuma em si mais nobre que as outras. Todas são igualmente criadas para a liberdade."...
Desnecessário escrever algo mais, faço minhas as palavras desse admirável homem.

* Meu complemento entre parênteses.

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