segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Socializando sem pudores.

Internet e redes sociais: o mundo todo na palma das nossas mãos.
Não... não virei socialista, que para a que vos fala nada mais é do que o nominho bobo que deram para comunista light. Adoro vermelho mas não sou vermelha. Chega desse assunto que meu castigo está quase no fim. Não sei da onde tirei a idéia de passar um ano todo sem pensar-falar-sofrer com política. Para me convencer que isso seria legal dei a essa pena o nome chiquetoso de ano sabático. Estou testando a teoria de que só os ignorantes são felizes. Aff. Nem eu me engano mais. Falta pouco, ufa! Mesmo porque já caí em tentação algumas vezes e vocês são testemunhas disso.
Hoje está difícil, estou fazendo mil voltas e meias antes de entrar no assunto que interessa. Vai entender!
Superada a introdução nada a ver... vamos ao tema. Concentre-se, menina! Focus.
Socializar, that's the question.
Estudo de universidade australiana, inglesa e americana publicado diz que o convívio em círculos sociais - até os virtuais - torna as pessoas mais felizes, saudáveis e ajuda a viver mais. Além de proporcionar trocas afetivas e intelectuais, o hábito de se socializar funciona como uma vacina para fortalecer a saúde física e mental, além de ser bastante divertido.
Novidade? Nenhuma para mim que além de mulher (o gênero mais facinho de socializar neste mundo) sou fã de redes sociais, sejam elas reais ou virtuais. Resumo da ópera: facebook, twitter e cia estão liberados para consumo - com moderação - pelos eminentes cientistas. Ainda bem que essa turma toda é nerd e não vive sem computador. Sei não, acho esse estudo meio tendencioso, rs. Apesar disso tem partes legais e que merecem ser compartilhadas.
Imagine, pessoas (só para citar Lennon e dar um up no texto) que você resolve fazer finalmente aquele tão adiado check up no médico. Todos os exames, sem faltar nenhunzinho, prontos chega a hora do vamos ver com o seu doctor de confiança. E ele olha, olha, olha ... e sem nem comentar os resultados começa a perguntar:
Quantos amigos você tem?
Costuma se encontrar com eles?
Qual a importância deles na sua vida?
Costuma passar momentos agradáveis com eles?
Com qual frequência?
Faz parte de algum grupo ou círculo social?
Qual a última conversa íntima que teve com um amigo?
Quando foi que ficou falando besteira e contando piada com seus amigos?
Parece coisa de psicólogo, não é? Não, não é. É conversa de médico mesmo. Interações sociais são vitais para nossa pequena  felicidade cotidiana. Ter um amigo que te escute é essencial, quer a gente tenha consciência disso ou não. Ter um grupo de confiança em que possamos deixar de lado toda inibição e falar bobagem faz milagres a qualquer um.  Não dá para dar conta de uma dieta ou plano de exercícios sem o apoio de pelo menos um companheiro entusiasmado. Mesmo que esse reforço seja virtual, ele tem impacto real na nossa vida. Seu médico vai te dar parabéns pelas relações saudáveis que cultiva e te contar que no fim das contas aquele dia que vez por outra você não vai na academia, ou ataca o bolo de chocolate, não tem grande importância assim. Porquê? Porque o que conta é ser feliz, ora bolas! Uma hora de malhação sozinho não faz nem nunca fará o bem de uma rodada de chopp com a galera. Fato comprovado cientificamente. Quer desculpa melhor para sair socializando geral?
Meu facebook, enfim, tá liberado para uso sem dó. Sou mesmo chegada numa rede social, e sim, sempre achei isso ótimo. Em geral tenho muito mais prazer do que problemas nessa área. Gosto da sensação de me sentir um pouco mais perto daqueles que gosto e que estão longe fisicamente. É legal ficar sabendo que aquela sua amiga tá feliz, que o outro foi viajar, que sua prima já está melhor do resfriado e que o outro primo tá curtindo uma insônia justo na mesma noite que você. Não tenho o menor pudor de declarar que isso é parte essencial na minha vida há algum tempo. Fico imaginando que estamos todos numa grande sala de estar, ou então na varanda de casa num dia mais quente... colocando o papo em dia, comentando sobre como a colega de trabalho ficou linda na festa de fim de ano ou que o tio tá mais gordinho e precisa maneirar um pouco ou que na foto a sobrinha tá parecendo uma moça feita. Faz a gente se sentir parte de novo do nosso círculo familiar ou de amizades que, por acasos da vida, se fragmentou e foi espalhado pelos quatro ventos. Até mesmo para aqueles que tem a sorte de viver junto - na mesma cidade, bairro até - desses grupos, a verdade é que  no corre-corre diário às vezes passamos voando baixo de segunda a sexta e não damos bom dia ao vivo nem pro vizinho de porta.
Dou então meu muitíssimo bom dia para todos meus queridos amigos via computador e me sinto bem com isso. Espero que a recíproca seja verdadeira também. Sei lá, tem gente que consegue se conter e ser totalmente controlada no uso desses meios de interação social, eu não consigo. Não dou conta mesmo. Já me alertaram para ser mais discreta, mas não tem jeito, sou assim mesmo. Se estou feliz ou fiz algo incrível logo vou lá... contando e postando fotos. Felicidade tem que ser compartida para se multiplicar e dores só diminuem quando divididas. Disseram que a inveja tem facebook mas eu nunca dei trela para ela e não vou começar agora. Sou meio vítima de um complexo de Pollyana, acho que todo mundo é bem intencionado e pronto. Claro que já me dei mal uma ou duas vezes mas ainda acredito no bem e sigo assim, dando a cara ao tapa, socializando sem o menor pudor.

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