quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crio estrelas...

Essa é a era do 'fast-food' e da digestão lenta;
Carne, chocolate e carboidrato, tudo no mesmo prato
do homem grande, de caráter pequeno;
lucros realizados e relações vazias.
Quem dita as regras é o marqueteiro,
e vivas para o dinheiro alheio.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios,
poucos filhos, para quê filhos... 
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
muita modinha e pouco estilo,
em que zoar e azarar são obrigação,
e ninguém mais pede a benção.
Essa é a era em que se exige respeito
e não se dão ao respeito.
Ter é o verbo, ser é secundário,
poder o único objetivo,
e o importante é a vantagem tirada.
Fraldas e moral descartáveis,
bundas, peitos e bocas siliconados,
das rapidinhas, dos cérebros ocos,
mulheres e homens galinhas,
piadistas toscos e das pílulas do dia seguinte.
Um momento de muita coisa na vitrine
e muito pouco na estante ou na dispensa.
Onde o crime, está provado, compensa
e ainda assim a gente teimosa,
como eu... tenta, insiste
e persiste em ser do contra.
Toldos furados, tudo feio,
de uma sordidez grassa
mas pouco importa,
mesmo assim eu sorrio,
na ponta dos meus dedos
crio estrelas e aprecio.

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