segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Como cão e gato

Às vezes ficamos nos perguntando: Como pude me meter nessa encrenca? Nem sempre é uma adorável encrenca. É uma baita encrenca, isso sim. Você na boa, cuidando da sua vidinha e se vê envolvido no meio de uma guerra tendo que agir como juiz e diplomata. Tem pessoas que são assim, digamos felinas... e outras que são quase o oposto, caninas. Não que uma seja melhor que a outra, longe disso. Apenas são diferente, pensam, agem, sentem de modo diverso e isso costuma gerar problemas de comunicação. Raças, mundos, formações e culturas diferentes. Conviver com o que nos é estranho não é fácil, exige uma boa dose de boa vontade, paciência e compreenção. Agora, vai lá... num dia daqueles, em que acordou de mal humor, com o pé esquerdo, pronto para morder alguém - coitado do primeiro que passar - e surge na sua frente um desses.......... nesses dias a coisa fica feia e todas as diferenças latentes se agigantam. Passam literalmente a agir e se estranhar como cães e gatos. Só precisam de uma desculpa para começar a briga. Qualquer coisa, real ou não, justificável ou não, é o suficiente para deflagar o conflito. Os dois estão com os nervos à flor da pele, babando de raiva e doidos para botar tudo isso para fora. Não tem como apelar para convivência pacífica, não dá para fazer discurso sobre a harmonia e o bem viver nessa hora. O melhor é afastar os encrenqueiros e dar um tempo para cada um respirar e voltar à calma. Com sorte, depois de um tempo dá até para racionalizar e ajudar a aparar as arestas. Mas sem exageros. Com os ânimos exaltados até uma santa sai queimada no meio de uma briga dessas. Se você, como essa tonta que vos tecla, costuma passar por esse tipo de aperto, fica a dica, separa os dois, deixa o tempo rolar... empreste o ombro, o ouvido, dê apoio e carinho. Mas em hipótese alguma tome partido ou tente chamar à razão as partes enquanto estiverem agindo como animais. Boca fechada nessa hora é tudo.... opnião só se dá se for pedida, e com toda cautela do mundo. Não é nada difícil sobrar um arranhão ou uma mordida para você, que está ali só para ajudar. Aff, destesto isso... ser colocada nessa situação desagradável. A gente fica com vontade de mandar dar uma injeção antirábica nos envolvidos e passar aquele sabão... mas tem que se controlar. Tudo tem sua hora e lugar, e nem sempre chamar a carrocinha resolve, apesar da vontade que dá, rs. Respira fundo, e lembre-se que se foi chamado para essa confusão é porque alguém acha que você é capaz de ajudar, então dê prova da confiança depositada e faça o melhor possível. Depois, quando tudo voltar ao normal e a encrenca grossa tiver passado, pode então aproveitar a chance de falar o que realmente pensa de toda aquela loucura. Gente, tem hora que o pessoal abusa da amizade mesmo. Tudo tem limites! E, é bom deixar os seus limites claros para os amigos não ficarem estrapolando. Depois de uma certa idade não dá para aturar comportamentos dignos da pré-escola. Sei que todo mundo tem seus momentos vergonhosos e degradantes - todos temos - mas não precisa piorar levando mais e mais pessoas para o lamaçal formado. Quando a lama secar, a poeira passar e os machucados cicatrizarem ainda vão ter que lidar com toda vergonha pública por terem armado um verdadeiro circo em praça aberta. Evitem isso a todo custo. Um pouco de compostura e respeito, até na hora de lavar roupa suja faz bem. Aff... estou sempre disposta a ajudar, apesar de não ser nenhuma Madre Teresa de Calcutá, mas admito... tem hora que fico completamente constrangida. Juro, tem certas coisas que preferia não ver nem ficar sabendo. Ai, ai. Fazer o quê? Amigo é para essas coisas, até para separar briga de cães e gatos. Ah, e não se surpreenda se mais tarde os envolvidos fizerem as pazes e voltar tudo às mil maravilhas... faz parte. Apesar de diferentes, cães e gatos podem se dar bem, ser amigos e de vez em quando rola até amor entre as espécies. Coisas da vida...

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