terça-feira, 10 de maio de 2011

Descobertas


É cada novidade que me aparece... de repente vem do nada (bem, nada vem do nada... mas) primeiro foi nesse dia das mães, ao ligar para felicitar a minha Mamily descubro que nasci com os canais lacrimais entupidos... logo eu, a manteiga derretida da família, que chora com ou sem motivo, de dor ou de alegria, enfim, não pode haver algo mais incongruente que isso. Antes do nada eu era um mar de lágrimas represado, depois que soltam as barreiras... uma cachoeira em pleno apogeu. Água, sempre aquática essa minha sina.
Hoje, do nada (ih...melhor estudar esses nadas) vem uma amiga, super querida e lida, e me solta essa... Você é filha de Oxum. Ei, como assim? De onde saiu essa? Ah, emenda ela, com ares de quem sabe mais do que revela... você é toda de Oxum, a típica chorona. Ri muito, não entendo nadica de nada de candomblé ou religiões afrobrasileiras,  e por isso a idéia de existir uma deusa (depois aprendi que o nome correto é orixá) para as pessoas de lágrimas ligeiras como eu... era o máximo. Passei pelo menos duas horas divertidas, e instrutivas, sendo iniciada nos mistérios desse novo panteão. Sabe que até gostei do que descobri sobre a Senhora das Choronas, rsrsrs... agora vou esperar com atenção a tal consulta que essa amiga prometeu fazer com outra amiga (essa, aparentemente uma mãe de santo aposentada no Rio - não sabia que eles "aposentavam", mil novidades...) para confirmar minha filiação. Agora estou viajando na rede tentando descobrir o possível sobre essa nova mãe... parecer ser um tipo de Afrodite africana, só que ainda mais birrenta e voluntariosa...
"Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama."
Por via das dúvidas, acho que vou arrumar uma Nossa Senhora da Conceição para casa, que segundo o nosso sincretismo corresponde a minha mãe de Santo.
Adoro dias assim, cheio de descobertas e novidades vindas do nada e que no fim tem haver com tudo!

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